Estudos Biotecnológicos do Piquiá (Caryocar villosum (Aubl.) Pers.) para aplicação em cosmético
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9661 |
Resumo: | Os frutos Amazônicos são ricos em compostos bioativos, que possuem diversos benefícios à saúde humana. Esses frutos são promissores em aplicações farmacológicas e cosméticas, asso-ciando ao grande potencial antioxidante, antimicrobiano, anti-inflamatório, cicatrizante e baixa toxicidade. Destaca-se neste estudo (Caryocar villosum), popularmente conhecido como pi-quiá, um fruto nativo da região Amazônica, uma espécie que pertence à família Caryocaraceae. A polpa desse fruto após o cozimento é a parte mais explorada pela população, o óleo extraído é aplicado na medicina tradicional de alguns povos. São ricos em compostos fenólicos, dentre eles o ácido gálico e os flavonoides. Esta pesquisa investigou os constituintes químicos nos extratos hidroalcoólico obtidos a partir de cascas, polpas e semente de Caryocar villosum. Fo-ram utilizados métodos de extração por exaustão para obtenção dos extratos. As substâncias fenólicas foram estimadas pelo método de Folin, técnicas (CCD) Cromatografia em Camada Delgada e CLAE/MS (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada à Espectrometria de massa) no modo negativo, foram empregadas para quantificar e identificar os perfis quími-cos dos extratos de piquiá. Foram avaliados o potencial antioxidante in vitro frente aos radi-cais DPPH* (2,2-difenil-1-picril-hidrazina) e ABTS*+ (Ácido 2,2'-azinobis-3-etilbenzotiazolina-6-sulfônico) e testados quanto à citotoxicidade e viabilidade celular. Os resultados de CCD e CLAE/MS, revelaram a presença de íons majoritários, característicos de compostos fenólicos nos extratos: ácido gálico, ácido elágico, ácido elágico ramnosídeo, fla-vonoides e saponinas. Os testes de fenóis e flavonoides, bem como os ensaios antioxidantes, confirmaram a presença desses compostos correlacionando com a literatura. Através do méto-do Folin Ciocalteu foi estimado um teor significativo de fenóis totais nos extratos da casca externa, 57,66%, casca interna (mesocarpo) 53,40%, polpa, 26,80% e semente, 54,50%. Os testes de flavonoides totais, revelaram maiores teores nos extratos das cascas externas, 95,41% e casca interna, 84,41%, comparados aos extratos de polpas, 27,12%, % e sementes, 44,98%. Nos ensaios antioxidantes os extratos de CE, CI, P e S demonstraram atividade frente aos radicais DPPH, apresentaram valores de IC50 de 27,11; 53,48; 79,49 e 56,07 e no método ABTS*+ valores de IC50 de 16,13; 33,79; 36,81 e 50,74. Os extratos ECEP, ECIP, EPP e ESP, quando submetidos ao teste de viabilidade, frente à linhagem VERO (linhagem celular sadia derivada de rins de macaco verde), apresentaram a viabilidade de 100% em relação ao controle de celular. Com base nesses resultados, foi possível elaborar fitocosmético artesanal (perfume e formulação hidratante), a partir de extrato glicólico de piquiá, os mesmos foram submetidos aos testes preliminares e ensaios físico-químicos, para verificar a estabilidade, se-gundo os padrões da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), 2012. Além disso, na análise sensorial, o produto elaborado obteve uma ótima aceitação pelos participantes con-vidados. Essas descobertas ressaltam o potencial dos frutos amazônicos como o piquiá (C. villosum), viabilizando a aplicação na indústria cosmética devido às suas propriedades antioxi-dantes e substâncias bioativas, como os compostos fenólicos. |