Leitura e formação de leitores: estudo sobre o letramento em documentos oficiais nacionais e amazonenses.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fernandes, Ana Paula da Silva
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9038808372390691
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8231
Resumo: Este trabalho teve como meta verificar como os documentos oficiais voltados para a educação brasileira orientam leitura, letramento e formação de leitores críticos no currículo da educação básica. Além disso, mostra que o poder público tem o costume de priorizar uma única língua que possui um status de poder, desconsiderando outras línguas como as dos nativos indígenas e as dos estrangeiros que habitam o Brasil. Do mesmo modo, isso ocorre com o tratamento da escrita como uma variedade padrão, buscando uma unidade nacional linguística nas práticas sociais da língua, em uma concepção de nacionalidade, imposta por uma língua oficial. Esse problema gerou as perguntas que nortearam a pesquisa: qual é a concepção de língua e leitura que se depreende dos documentos oficiais? Como são abordados a leitura, o letramento e a formação de leitores nas aulas de Língua Portuguesa pelos documentos norteadores da educação no Brasil e no Amazonas? Os documentos norteadores da educação no Amazonas seguem os documentos de nível federal? Para responder a esses questionamentos, o objetivo geral consistiu em analisar de que forma os documentos norteadores para a educação no Brasil e a educação estadual no Amazonas abordam a leitura, o letramento e a formação de leitores no ensino de Língua Portuguesa. Já os objetivos específicos elencados foram: analisar as concepções de Língua trazidas pelos documentos oficiais; elaborar um histórico sobre o tratamento dado à leitura, ao letramento e à formação de leitores nos documentos oficiais; comparar as abordagens feitas pelos documentos norteadores amazonenses com a proposta dos documentos nacionais. No sentido de direcionar a pesquisa, a metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica do tipo impressa e telematizada e a pesquisa documental por meio das legislações criadas no contexto das políticas públicas e linguísticas que, em sua maioria, não contaram com debates do público mais interessado: os educadores e a sociedade em geral. Para dar suporte às discussões apresentadas, a fundamentação teórica teve sustentação em autores que abordam a história da leitura e formação de leitores, dentre eles Chartier (1995); Abreu (2002) ; Lindoso (2004) ; Souza (2004) ; Manguel (2006) ; Failla (2016) ; Teixeira (2017), entre outros; as multiplicidades de letramento respaldadas por Kleiman (2002; 2003, 2005) ; Rojo (2002) ; Soares(2003) ; Tfouni (2004) ; Lajolo (2005) ; Soares (2009) ; Lajolo (2011) ; Rojo (2012) ; Ribeiro (2016) e outros; as políticas linguísticas, fundamentadas por Baylon (1996) ; Faraco ( 2001) ; Zavaglia (2003), Calvet (2007) ; Rajagopalan (2013) ; Teixeira (2014 e 2017) ; Martiny (2019) e Heufemann (2019), entre outros. Finalmente, os resultados encontrados deixaram evidentes que os documentos foram se modificando com o passar dos anos, contemplando cada vez mais a tríade leitura, letramento e formação de leitores. Além disso, houve o apagamento de línguas nativas com a criação da Língua Geral meridional e setentrional para comunicação com nativos e estrangeiros e, por fim, priorizando a Língua Portuguesa como oficial, apagando totalmente uma das línguas criadas e deixando a outra, que é falada por uma minoria no Amazonas.