Atlas Morfossintático de parte da microrregião do Rio Negro-Solimões – AMPRINES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Medeiros, Josué Cordovil
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0282337684321483
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6740
Resumo: Este trabalho trata de pesquisa realizada no campo da morfossintaxe, desenvolvida a partir dos critérios da Dialetologia Pluridimensional com respaldo metodológico da Sociolinguística Variacionista. Objetivou-se com esta pesquisa registrar o modo de falar dos moradores de quatro municípios: Coari, Codajás, Manacapuru e Novo Airão, todos pertencentes à microrregião do Rio Negro-Solimões, no estado do Amazonas. O instrumento utilizado para a recolha de dados foi o Questionário morfossintático (QMS), contendo 49 perguntas, extraído do Atlas Linguístico do Brasil – ALiB. A gravação da fala dos informantes foi realizada com a utilização de um gravador de voz digital da marca Panasonic RR – US310. O perfil dos informantes foi definido a partir dos critérios adotados pelo Atlas Linguístico do Amazonas – ALAM (CRUZ, 2004), sendo três homens e três mulheres em cada ponto de inquérito, pertencentes a uma das três faixas etárias: I (de 18 a 35 anos), II (de 36 a 55 anos) e III (de 56 anos em diante), deveriam ser analfabetos ou que tivessem cursado no máximo até o 5º ano do Ensino Fundamental I, apresentar boas condições fonatórias, ser nascidos nos municípios alvos da pesquisa, não ter se afastado de sua terra natal por mais de um terço de suas vidas e ter cônjuges e pais também nascidos nos pontos de inquérito. As cartas morfossintáticas foram elaboradas com a utilização de um programa de computação específico para esse fim, denominado de SGVCLin, de autoria de SEABRA, R. / ROMANO, V. / e OLIVERIA, N. Dentre os vários resultados alcançados, verifica-se o uso dos verbos no pretérito imperfeito do indicativo no lugar do futuro do pretérito como, por exemplo, “Eu ajudava a casa do Senhor... e:: ... comprava uma casa pra minha filha...”, resposta obtida a partir da pergunta 44 que faz a seguinte indagação: “O que é que você / o (a) senhor (a) faria se ganhasse na loteria?”. Essa variação foi registrada nas falas de quase todos os informantes em quase todos os pontos de inquérito, o futuro do pretérito foi registrado apenas na fala de um informante do gênero feminino, da faixa etária I, do município de Manacapuru. Espera-se que este trabalho possa contribuir para ampliar o conhecimento acerca do modo de falar dos amazonenses, mais especificamente dos moradores da microrregião ora pesquisada.