QUANTIFICAÇÃO POR qRMN E ANÁLISE IN SILICO DE QUASSINOIDES ISOLADOS DE Picrolemma sprucei COMO POTENCIAIS INIBIDORES DE PROTEASE SARS-CoV-2
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Inovação Farmacêutica |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9015 |
Resumo: | Logo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença de Coronavírus 2019 (COVID-19) como uma infecção pandêmica, importante síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2), proteínas não-estruturais (Nsp) foram analisadas como alvos promissores em abordagens de triagem virtual utilizando técnicas in silico, como docking molecular. Entre essas proteínas estão a cisteína protease do tipo 3-quimotripsina (3CLpro), também chamada de protease principal, e a RNA polimerase dependente de RNA (RdRp), que foram identificadas como alvos devido à sua importância nas etapas de replicação viral. Existe um grande interesse na busca de novas substâncias que possam ser candidatos a novos fármacos no tratamento da COVID-19, e as plantas medicinais continuam sendo uma fonte riquíssima na busca de novos fármacos. A espécie Picrolemma sprucei, conhecida popularmente na Amazônia como “caferana”, é muito utilizada na região como um antimalárico. Pesquisas anteriores das raízes e folhas de P. sprucei resultaram no isolamento dos principais quassinoides dessa espécie, neosergeolida e isobruceína B. Estudos in vitro dessas substâncias relataram atividades antitumoral, antimalárica, anti-helmíntica, inseticida. Neste sentido o presente trabalho teve como objetivo quantificar os quassinóides de P. sprucei, uma planta medicinal nativa da região amazônica, usando qRMN, e investigar o potencial inibitório da isobruceína B e neosergeolida nos alvos 3CLpro e RdRp da SARS-CoV-2 por meio de abordagens in silico. A quantificação foi realizada em uma fração (F2-F3) enriquecida com os quassinóides isobruceína B e neosergeolida pelo método PULCON. Os ensaios in silico foram realizados por meio de docking molecular para avaliar a interações e afinidade de ligação entre os ligantes neosergeolida e isobruceína B com os alvos 3CLpro e RdRp da SARS-CoV-2 e servidores online foram utilizados para estimar os parâmetros farmacocinéticos e de toxicidade. Foi possível determinar a quantidade em mg dos dois quassinoides isobruceína B e neosergeolida na fração F2-F3 (769,6 mg), presentes em quantidades significativas no extrato PsMeOH (5,46%). Os resultados da análise de docking, com base nas estruturas cristalizadas de RdRp e 3CLpro, indicou isobruceína B e neosergeolida indicou que isobruceína B e neosergeolida são inibidores potenciais das duas proteínas avaliadas, bem como mostrou a importância da ligação de hidrogênio e interações pi (π) para os sítios ativos previstos para cada alvo. Os resultados sugerem que os quassinóides de P. sprucei podem interagir com os alvos 3CLpro e RdRp. Experimentos in vitro e in vivo são necessários para confirmar os resultados de docking molecular e investigar os riscos de P. sprucei como planta medicinal contra a COVID-19. |