Infecção do vírus dengue aumenta a citoadesão dos eritrócitos infectados com Plasmodium vivax
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8409 |
Resumo: | A malária e a dengue são doenças prevalentes nas regiões tropicais e subtropicais e de grande importância em saúde pública. Na malária, existe um fenômeno associado ao aumento da patogenicidade chamado citoaderência, no qual ocorre o sequestro do parasita para outros órgãos do corpo. Alguns receptores de células endoteliais estão envolvidos nesse processo como ICAM-1, PECAM-1, VCAM-1 e P-selectina. Em áreas endêmicas para o parasita malárico e o vírus da dengue podem ocorrer infecções simultâneas. Contudo, pouco se sabe sobre coinfecção por malária e dengue no Brasil. Nenhum estudo mostrou até o presente momento o que ocorre na citoadesão durante a coinfeccão dengue-malária. Por isso, nosso objetivo foi observar se a adesão de eritrócitos infectados por Plasmodium vivax (PviEs) aumenta em células do hepatocarcinoma humano (HEP-G2) infectadas concomitantemente por dengue. O estoque viral de dengue 4 (DENV4) foi feito em células C6/36 e os PviEs foram enriquecidos por gradiente Percoll para serem usados no ensaio de citoadesão com células HEP-G2. Nossos resultados mostraram que as células HEP-G2 expressam a molécula de adesão ICAM-1, mas não PECAM-1 e VCAM-1, enquanto as células A549 não expressam nenhuma destas. Mostramos também que DENV4 se replica em células HEP-G2 e houve um aumento da expressão de ICAM-1 nas células infectadas pelo vírus, após 4 dias de infecção. Junto a isso, observamos que a citoadesão de PviEs aumentou após infecção por DENV4. O tratamento com tripsina, degradante das proteínas do parasita, diminuiu a adesão de PviEs, enquanto a presença de soro humano anti-Pv não preveniu a citoadesão. O uso do inibidor BX795 reduziu os níveis de PviEs, ao contrário da cloroquina. Por fim, a adesão de PviEs diminuiu 5,5 vezes em células HEP-G2 tratadas com o anticorpo a-ICAM-1, quando comparadas ao controle sem bloqueador. Esses resultados demonstram que a citoadesão de PviEs aumenta com uma infecção concomitante por DENV e sugerem maiores investigações sobre receptores e vias imunes envolvidos nesse fenômeno durante a coinfecção dengue-malária. Este estudo também nos alerta para uma maior atenção aos pacientes diagnosticados com monoinfeccão por dengue ou malária em áreas endêmicas. |