Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
2016 |
| Autor(a) principal: |
Paiva, Iury Amâncio |
| Orientador(a): |
Pinto, Luzia Maria de Oliveira |
| Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
| Tipo de documento: |
Dissertação
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| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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| Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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| Departamento: |
Não Informado pela instituição
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| País: |
Não Informado pela instituição
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| Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16811
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Resumo: |
Dengue é uma doença de amplo espectro clínico, variando desde casos assintomáticos até formas graves com manifestações hemorrágicas, derrames vasculares, podendo levar, em menor frequência, ao óbito dos pacientes. É consenso de vários autores que citocinas, quimiocinas e outros mediadores inflamatórios produzidos por diferentes células do sistema imune, assim como pelas células endoteliais, contribuem para as alterações da permeabilidade endotelial observada principalmente na fase de defervescência, independentemente do desfecho clínico do paciente e, na forma grave da dengue. Esses mediadores podem induzir ativação e desarranjo das junções intercelulares das células endoteliais microvasculares, tornando o endotélio mais permissivo à adesão e transmigração de leucócitos e a demais trocas de macromoléculas e água do lúmen dos vasos para os tecidos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o envolvimento de mediadores solúveis oriundos do soro/plasma de pacientes infectados pelo DENV na ativação de células endoteliais primárias da microvasculatura dermal humana (HMVEC-d). Para isso, utilizamos soro/plasma obtidos de amostras de sangue de pacientes com diagnóstico clínico-laboratorial de Dengue entre 2010 e 2013, e de indivíduos sadios. A classificação de gravidade clínica foi baseada na classificação da OMS de 2009. Foram selecionados 130 pacientes, 82 com quadro de dengue sem sinais de alarme (FD), 43 FD com sinais de alarme (FDSA) e 5 pacientes graves. No soro/plasma dos pacientes e controles foi realizada a quantificação dos níveis da citocina TNF-\03B1 e das quimiocinas CXCL8/IL-8, CCL2/MCP-1, CCL5/RANTES e CX3CL1/Fractalcina, assim como de VEGF e MMP-9 por ELISA ou LUMINEX Para avaliar a ativação endotelial, foram feitos co-cultivo de células HMVEC-d na presença de 20% de soro de pacientes ou de Meio de cultura suplementado por 24 horas. Por citometria de fluxo, as HMVEC-d mantidas em cultura foram avaliadas quanto à expressão das moléculas de adesão CD31/PECAM-1, CD54/ICAM-1 e CD106/VCAM-1, assim como da molécula indutora da produção de metaloproteinases de matriz CD147/EMMPRIN. Nesse estudo, confirmamos que contagens de plaquetas, leucócitos e níveis de transaminases AST/TGO e ALT/TGP são associados ao prognóstico clínico da Dengue. Os pacientes, independente do quadro clínico, apresentaram níveis aumentados de TNF-\03B1, CXCL8, CCL2 e CX3CL1 e diminuídos de VEGF e MMP-9 quando comparados aos controles. Não houve diferença significativa nos níveis de CCL5 entre pacientes e controles. O co-cultivo de HMVEC-d com 20% soro de pacientes induziu diminuição na expressão de CD147/EMMPRIN em relação ao co-cultivo com Meio suplementado. Os soros de pacientes FDSA/Grave promoveram uma menor expressão de CD54/ICAM-1 quando comparado aos pacientes FD. Análises de correlação indicaram associação entre os níveis de CX3CL1, CXCL8, MMP9 e CCL5 e a expressão de CD147, CD31, CD54 e CD106, respectivamente. Nossos dados sugerem que mediadores presentes no soro dos pacientes infectados pelo DENV poderiam modular a expressão de moléculas de adesão e de CD147 nas células endoteliais HMVEC-d, induzindo sua ativação e desregulação da barreira endotelial, e assim, contribuindo às alterações da permeabilidade endotelial observada na Dengue |
