Desenvolvimento, e, caracterização de uma bebida não fermentada visando a valoração de frutos do estado do Amazonas.
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10504 |
Resumo: | A floresta amazônica é rica em biodiversidade de espécies, sendo grande fonte de produtos naturais com propriedades nutricionais e terapêuticas. Na Amazônia brasileira, existem cerca de 220 frutos comestíveis produzidos por espécies de plantas, representando 44% da diversidade de frutas do Brasil , com grande potencial para o desenvolvimento de novos produtos. Pouteria elegans (A.DC.) Baehni (Sapotaceae), fruto amazônico comestível, popularmente conhecido como caramuri , de cor amarela, polpa branca e sabor adocicado, é um fruto que possui seu valor comercial e tecnológico ainda não explorado. Um dos segmentos industriais onde os frutos podem ser utilizados é na produção de sucos, néctar e blends. O mercado de bebidas feitas a base de frutos, tem mostrado sinais de expansão nacional e internacional. O objetivo desse projeto foi obter uma bebida não fermentada a partir dos frutos de P. elegans com o intuito de revelar o perfil alimentício, além das características aromáticas e físico-químicas presentes na bebida. Concernente a metodologia adotada para a consecução da dissertação, foram realizadas análises de composição centesimal, minerais e colorimétrica, teores de ácidos orgânicos (málico, cítrico e ascórbico), avaliação dos compostos orgânicos voláteis por micro extração em fase sólida e análise da atividade microbiológica do néctar. Foram elaboradas 6 formulações com diferentes concentrações de polpa (30, 35 e 40%) analisados em grupos contendo diferente concentrações de açúcar (1,5, 2,5 e 3,5%). O néctar de caramuri é pouco calórico cerca de (7,82 e 21,44 kcal/100g), com valor moderado de carboidratos (0,46 e 3,39 g/100g) e alto teor de umidade > 95%. Os resultados obtidos indicaram baixo teor de proteínas (0,0 a 0,80 g/100g), e, de lipídios (0,40 a 1g /100g), pH ácido (4,45 a 4,55), e, sabor pouco adocicado (1,43 a 6,40 ͦ Brix). Dos minerais avaliados, foi observado alto teor de potássio (27,25 e 31,44 mg/100g) e baixo teor de sódio (0,13 a 0,18/ 100g). A análise cromatográfica dos compostos orgânicos voláteis da polpa do fruto em diferentes estágios de maturação, mostrou o trans-β-cariofileno, como a substância principal identificada em ambas as amostras. Foram encontrados 22 compostos voláteis encontrados no néctar divididos entre os grupos terpenos, alcanos, ésteres, alcanos. A avaliação microbiológica do néctar mostrou que as amostras estavam dentro dos padrões exigidos pela legislação vigente. Sendo assim, o fruto caramuri através dos resultados obtidos, tem o potencial de servir como matéria prima para a produção de um novo sabor na elaboração de bebidas, como néctar, feita a base de frutos. |