Óleo essencial de Piper baccans (MIQ.) C.DC: uma alternativa natural no controle do Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera: Culicidae)
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9419 |
Resumo: | Os inseticidas sintéticos têm sido a principal forma de controle de insetos vetores. No entanto, o uso indiscriminado desencadeou o desenvolvimento da resistência. Além disso, os inseticidas sintéticos são produtos extremamente tóxicos para o meio ambiente. Em contrapartida, os óleos essenciais (OEs) extraídos de plantas como as do gênero Piper são importantes larvicidas com ação neurotóxica e citotóxica contra insetos vetores como A. aegypti. Assim, o objetivo do estudo foi investigar o perfil químico do OE de Piper baccans e avaliar sua atividade biológica e mecanismo de ação contra A. aegypti, sua toxicidade contra animais aquáticos não-alvos. O OE extraído das folhas de P. baccans foi analisado por método cromatográfico (CG-MS), foi avaliado contra larvas de A. aegypti, enquanto os mecanismos de ação foram baseados em analises enzimática (AChE) e citologica. A toxicidade do OE foi investigada contra os predadores de larvas de culicídeos Diplonychus indicus e Anisops bouvieri. As análises por CG-MS do OE relevaram a presença majoritária de δ-cadineno (11,64%), elemol (10,12%), (-)-10-epi-γ-eudesmol (9,39%), isocaryopheleno (6,73%), γ-muuroleno (7,49%), óxido de cariofileno (7,09%) e epi-γ-eudesmol (5,5%). O OE apresentou atividade larvicida (CL50 de 10,68 µg/mL e CL90 de 22,11 µg/mL), ocasionada pela ação neurotóxica após a inibição da enzima AChE (IC50 de 38,37 µg/mL), como também pela ação genotóxica promovida pela má formação do micronúcleo e destruição cromossômica com células apoptóticas e necróticas, cromossomo metafásico com perda, grupos cromossomos metafásico e células binucleadas. O OE a 31,25 µg/mL não foi tóxico contra D. indicus e A. bouvier. Porém, demonstrou elevada tóxicidade a 62,50 µg/mL, matando 100% desses animais. Os resultados demonstram que o OE extraído das folhas de P. baccans é um larvicida natural contra larvas de A. aegypti, com modo de ação neurotóxico e citologico. Contudo, seu uso deve ser avaliado em concentrações abaixo de 31,25 µg/mL. |