A ficcionalização da vida ribeirinha na contística de Arthur Engrácio
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4983 |
Resumo: | Esta dissertação é resultado da pesquisa que teve como objetivo analisar a ficcionalização da vida ribeirinha nos contos de Arthur Engrácio e os recursos literários utilizados pelo autor para representar o homem amazônida e as contigências de sua existência. A tessitura da pesquisa foi norteada pelas seguintes indagações: como se opera a ficcionalização da vida ribeirinha nos contos de Arthur Engrácio? Que recursos literários ele utiliza para representar o homem amazônida e as contingências de sua existência? Que percursos teóricos são viáveis para o acesso à obra engraciana? O estudo buscou respostas para estes questionamentos e teve como objeto de estudo e análise as seguintes obras do contista: Histórias de submundo (2005), Restinga (1976), Contos do mato (1981), Estórias do rio (1984) e 20 Contos amazônicos (1986). Realizo a análise da obra de Engrácio, através do conceito de ficcionalização de Umberto Eco, em Seis passeios pelo bosque da ficção, em que a obra de ficção é comparada a um bosque, entrecortado de trilhas e escolhas. Neste estudo, a obra engraciana é apresentada por diferentes “caminhos teóricos”, dentre eles: a semiótica e realismo maravilhoso. O estudo também contém a análise das ressonâncias naturalistas na obra engraciana, a representação metafórica de flagrantes do universo amazônico utilizada na tessitura de seus contos e o enfoque da figura feminina no cenário da vida ribeirinha presente nas narrativas. O percurso metodológico da dissertação deu-se, basicamente, pelo canal da pesquisa bibliográfica, incluindo-se nesse escopo: textos de teoria e crítica literária sobre a ficcionalização literária, escritos sobre literatura e cultura amazônica e as cinco obras de Engrácio, mencionadas anteriormente. O texto narrativo, assim como um bosque, obriga o leitor a fazer escolhas constantemente, e através dessas escolhas o leitor ressignifica o texto. Portanto, percebo que os contos engracianos sobre a vida ribeirinha são bosques que possuem várias trilhas de acesso, e em cada uma delas uma nova expressão da vida do caboclo dentro das matas, sob os seus diversos aspectos: o pescador, o seringueiro, o juteiro, o caçador... Dessa forma, Arthur Engrácio constrói um bosque ficcional repleto de imagens que expressam a dinâmica da vida amazônica à beira dos rios. |