Devir-fungo: uma experimentação etnográfica com a fermentação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Peter, Melanie Theresia
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1290367815303428
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9568
Resumo: O que podemos aprender com o fazer mundos dos fungos e das assembleias constituídas por eles junto aos humanos e à miríades de outros seres? Esse é um dos questionamentos levantados por essa pesquisa/ensaio/experimento que visa sinalizar a insurreição fúngica em curso e destacar processos dentro dos quais substâncias e palavras ainda podem transformar, fermentar. Num primeiro momento são descritos exercícios iniciais com fungos bem como levantados alguns questionamentos sobre estudos etnomicológicos na Amazônia e sobre o que se poderia especular como uma virada fúngica na antropologia. Em seguida, parto de algumas das muitas etnografias de povos do Rio Negro - essa gente de transformação -, para esboçar os caminhos de investigações em torno da fermentação multiespécies dos caxiris. O texto conflui então para uma experimentação etnográfica da feitura de um caxiri de cará roxo junto a indígenas do povo Tukano. O último capítulo do trabalho trata ainda de testemunhar o encontro entre artistas e cientistas em uma residência a bordo de um barco laboratório que deslizou por paisagens amazônicas durante a expedição fungicosmology.