Formação de biofilme por leveduras emergentes: desenvolvimento, arquitetura e reposta ao tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: LEITE, Melyna Chaves
Orientador(a): NEVES, Rejane Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24418
Resumo: As infecções fúngicas invasivas causadas por leveduras representam causa frequente de óbito, especialmente em pacientes de Unidades de Terapia Intensiva. Apesar de Candida albicans ser a mais comum, espécies emergentes de Candida, tem surgido como importante causa de infecções graves, além de se mostrarem resistentes aos tratamentos. Dentre as mais importantes causas desta infecção, destaca-se a formação de biofilme. O biofilme, conjunto de microrganismos envolvidos numa matriz polimérica extracelular de carboidratos, proteínas e ácidos nucleicos, pode se aderir a tecido vivo e superfície inerte como os dispositivos médicos. Deste modo, conduz importantes repercussões clínicas, uma vez que vem sendo verificado aumento da resistência à terapia antifúngica e da habilidade das células em resistir às defesas do sistema imune. Assim, o objetivo da pesquisa foi avaliar leveduras emergentes quanto à formação de biofilme analisando arquitetura e resposta antifúngica. Foram analisadas 15 leveduras emergentes provenientes de amostras clínicas e estocadas na Micoteca URM, Universidade Federal de Pernambuco, Brasil. As culturas foram autenticadas por características morfofisiológicas e proteômica/MALDI-TOF MS. A avaliação do biofilme foi por redução do XTT (quantitativo) e então, selecionados quanto a maior capacidade de formação. A arquitetura foi avaliada em discos de cateteres, analisados em 24 e 48 horas por microscopia de varredura. Foram realizados tratamento anti-biofilme com anfotericina B e fluconazol seguindo o protocolo do M27-A3 baseado em testes de sensibilidade com células planctônicas. As leveduras testadas formaram biofilme, destacando-se o isolado clínico de C. ciferri do qual, não há relatos quanto a este potencial de virulência. Na sensibilidade antifúngica, houve mudança no perfil entre células planctônicas e as agregadas, as quais se mostram mais resistente. Diante do alto potencial de virulência verificado nos isolados, é necessário a busca por novas substâncias como futura alternativa terapêutica de candidíase invasiva.