Escolarização e identidades dissidentes: um percurso de desafios e resistências (im)postas à pessoas LGBTI+

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Guimarães, Eduardo Barbosa de Menezes
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9921183215438015
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9235
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo analisar se e de que modo a universidade pública contribui para a construção de um modelo de educação que considere as particularidades da população LGBTI+, partindo do pressuposto teórico da Psicologia Histórico-Cultural. Grupos sociais marginalizados trazem consigo diferentes atravessamentos em suas trajetórias de escolarização a partir de marcadores sociais variados, como, por exemplo, as questões referentes à gênero e sexualidade. Sujeitos que não correspondem às normatizações sociais com relação a esses marcadores acabam sendo considerados corpos dissidentes, dentre eles podemos considerar a população LGBTI+. Nessa condição dissidente, é possível que suas identidades sejam desconsideradas na proposição de ações afirmativas educacionais, na construção de cursos de formação docente e em diversas ações didático-pedagógicas nas instituições de ensino. Neste sentido, esta dissertação buscou identificar se e de que forma o tema gênero e sexualidade está presente em projetos pedagógicos de cursos de formação inicial de docentes da educação básica; e, verificar se e de que forma as instituições de educação básica e superior promovem estratégias afirmativas de educação para pessoas trans, considerando que dentre as identidades LGBTI+ são as que mais vivenciam violência e preconceito nas vivências de escolarização. Trata-se de um estudo qualitativo de caráter interpretativo-construtivo em dois momentos: o primeiro a partir da análise documental de projetos pedagógicos de dez (10) cursos de licenciatura, sendo cinco (05) da Universidade do Estado do Amazonas e cinco (05) da Universidade Federal do Amazonas; o segundo, a partir da análise de uma entrevista semi- estruturada com uma mulher trans. Cada momento é detalhado na construção de dois artigos que fazem parte do corpo desta dissertação. O trabalho possibilitou construir uma compreensão inicial de como a universidade tem trabalhado para fortalecer os debates em sexualidade e gênero ao longo da formação docente para o desenvolvimento da atividade docente na Educação Básica e da importância de proposição de políticas afirmativas para a permanência de sujeitos LGBTI+ em razão de suas especificidades, bem como das estratégias de resistência intra e intersubjetivas construídas frente às diferentes situações sociais que marcam um determinado corpo em dissidência de gênero. Pretendeu-se, então, além da construção de conhecimentos sobre os processos de subjetivação encontrados na narrativa de uma representante da população LGBTI+ na região amazônica, refletir sobre estratégias de promoção da garantia de direitos na trajetória de escolarização dessa população.