Sistemas fotovoltaicos flutuantes: uma solução energética sustentável para a Amazônia?
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Centro de Ciências do Ambiente Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9012 |
Resumo: | A geração hidrelétrica permanece como a principal fonte de geração de eletricidade no Brasil, mantendo a Matriz Elétrica brasileira predominantemente abastecida por fontes renováveis. Apesar disso, a geração hidrelétrica brasileira é sensível aos ciclos hidrológicos dos cursos d’água, podendo ser severamente impactadas por mudanças climáticas nos próximos anos, interferindo negativamente na segurança energética nacional, além de ser uma fonte com altos impactos ambientais, inclusive a emissão de gases do efeito estufa. Como o potencial hidrelétrico inexplorado dos rios próximos aos grandes centros consumidores está se esgotando, e grande parte do potencial inexplorado se encontra na Amazônia, a construção de hidrelétricas na nessa região é tema recorrente no setor energético nacional, a despeito dos impactos e dificuldades relacionados a este tipo de projeto, dos quais a Usina Hidrelétrica de Balbina é exemplo categórico. O presente estudo analisa a utilização de sistemas fotovoltaicos flutuantes (FVF) sobre reservatórios de grandes usinas hidrelétricas na Amazônia. Sistemas fotovoltaicos flutuantes são grandes arranjos fotovoltaicos instalados sobre corpos d’água, com os módulos fotovoltaicos posicionados sobre flutuadores. A geração FVF, quando instalada sobre reservatórios de hidrelétricas, pode operar autonomamente como uma usina fotovoltaica tradicional, ou operar em cooperação com a hidrelétrica potencializando as vantagens (abundância e renovabilidade) e mitigando as debilidades (sazonalidade e intermitência) de ambas as fontes. Foram realizadas estimativas e modelos de instalação e aproveitamento, e em seguida foram analisadas as fontes em termos de sustentabilidade ambiental, estimando os resultados em termos energéticos das duas fontes atuando em cooperação, e também em termos de impactos ambientais, comparando com a alternativa de construção de novas hidrelétricas na Amazônia Brasileira, verificando se o uso deste tipo de tecnologia é mais vantajosa em termos de sustentabilidade ambiental. A análise comparativa foi realizada utilizando a Matriz Rápida de Avaliação de Impactos. Verificou-se que os impactos ambientais são mais reduzidos quando a FVF opera em complementariedade com a UHE instalada na barragem, melhorando o desempenho de ambas a instalações. Barragens antigas, com grandes reservatórios, desempenho energético ruim e maiores passivos ambientais são preferíveis para a instalação deste tipo de usina na Amazônia. |