Histórias intercruzadas: Projetos, ações e práticas indígenas e indigenistas na Província do Amazonas (1850-1889)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Maciel, Benedito do Espírito Santo Pena
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9319372165747136
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5643
Resumo: Esta tese discute a relação entre os índios e a sociedade brasileira na Província do Amazonas, no período de 1850 a 1889. Neste estudo se conflitam e se complementam dois eixos de leitura: de um lado, a política indigenista pensada, elaborada e executada pelo Estado e seus agentes e, de outro lado, a política indígena gestada e executada pelos diferentes povos indígenas. Essa leitura possibilitou ver a história indígena e do indigenismo na segunda metade do século XIX na Província do Amazonas, não como uma via de mão única, mas como um campo de tensão e de disputa no qual índios e brancos estabeleceram relações conflitosas e de alianças e escrevem uma página importante e singular da história indígena e do indigenismo nesta parte do Imperial. Neste campo de disputa, os projetos do Estado brasileiro pensados nos gabinetes, tiveram sua execução mediada pela realidade local e, portanto, pela participação ou pela rejeição dos índios em diferentes níveis. De igual modo, as ações e reações indígenas em resposta à política oficial ou às ações localizadas de particulares (regatões, viajantes, seringueiros, etc.), não se realizaram sem o consentimento, o apoio, o protesto, a discordância e mesmo as retaliações violentas dos brancos. Desta forma, diferentemente do que propõe a historiografia tradicional os índios não foram apenas vítimas indefesas da política e dos interesses econômicos do Estado e de setores da sociedade brasileira, mas foram agentes ativos da construção da sua história e da própria história da sociedade nacional brasileira na Amazônia. A partir dessas premissas, se analisa os diferentes momentos, instrumentos e práticas tanto dos índios como do Estado e de seus agentes na construção dessa história indígena e indigenista nesta parte do Império do Brasil.