Potencial biológico de bactérias cultiváveis de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) da biota Amazônica, ativas contra este vetor
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10556 |
Resumo: | A microbiota bacteriana associada aos mosquitos apresenta uma diversidade significativa e pode interagir de forma simbiótica ou antagônica com seus hospedeiros, surgindo como alternativa na busca de novos agentes entomopatogênicos. Este estudo analisou bactérias cultiváveis isoladas de todas as etapas do ciclo de vida de Ae. aegypti, considerando os seguintes aspectos: i) a atividade larvicida de metabólitos e determinação de CL50 e CL90 contra o Ae. aegypti; ii) a identificação taxonômica das bactérias, por meio de análises morfológicas e moleculares; e iii) atividade larvicida dos componentes celulares (Pellet) e sobrenadantes obtidos de Enterobacter spp., Bacillus spp. e Stenotrophomonas spp. contra o Ae. aegypti. No que diz respeito ao primeiro aspecto, foram isoladas 424 bactérias das amostras de ovos, larvas, pupas e fêmeas adultas de Ae. aegypti, utilizando os meios de cultivo (NA, LB e ISP2). Todas as bactérias foram testadas quanto ao potencial entomopatogênico contra larvas deste vetor. Nove linhagens dos gêneros Bacillus, Enterobacter e Stenotrophomonas apresentaram 100% de atividade larvicida, semelhante à linhagem padrão Bti AM65-52. Em relação ao tópico ii, entre 415 isolados analisados quanto à diversidade bacteriana, 300 são gram-negativas e 115 gram-positivas. Todas as linhagens apresentaram-se como catalase positivas e foram agrupadas em dez morfotipos: coco negativo, bacilo positivo, bacilo negativo, cocobacilo negativo, microbacilo positivo, microbacilo negativo, cocos positivo, micrococcus negativo, diplococo negativo e cocobacilo positivo.. Por meio do sequenciamento do gene 16S rRNA, foram sequenciadas 68 linhagens bacterianas cujas sequências foram comparadas com as do GenBank. Os gêneros identificados foram: Acinetobacter, Bacillus, Delftia, Enterobacter, Leclercia, Pseudomonas, Paenibacillus, Stenotrophomonas e Sphingobacterium, os quais foram representantes de três filos. O filo Proteobacteria (60,30%) foi o mais abundante, seguido de Bacillota (36,76%) e Bacteroidetes (2,94%). No terceiro aspecto, nove linhagens que apresentaram atividade larvicida foram utilizadas para o teste das frações do sobrenadante secretado e dos componentes celulares (pellets), quanto à atividade larvicida. Os resultados monstraram que a fração dos pellets das bactérias P18NA-Enterobacter sp. e L65NA-Bacillus sp. causaram 100% de mortalidade das larvas nas primeiras 24h, respectivamente. Em relação à toxicidade da fração do sobrenadante secretado, a bactéria P18NA- Enterobacter sp. ocasionou 100% de mortalidade em 24h, enquanto que a linhagem L65NA-Bacillus sp. 98% em até 72h. As frações do pellet e sobrenadante das linhagens apresentaram perfis de toxicidade semelhantes ao da linhagem Bti AM65-52. Portanto, este estudo evidencia que algumas bactérias isoladas de Aedes aegypti podem ter um potencial antagônico para o próprio vetor. Os dados são promissores para o desenvolvimento de novos bioinseticidas destinados ao controle desses mosquitos de importância médica. Além disso, este estudo fornece novas informações sobre a estrutura e abundância da microbiota em diferentes estágios do Ae. aegypti e uma compreensão das interações entre mosquitos e microrganismos. |