Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
CUNHA, Rebeca Xavier da |
Orientador(a): |
LIMA, Vera Lúcia de Menezes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45972
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Resumo: |
Poincianella microphylla é uma planta conhecida popularmente como Catinga-de-porco, típica do domínio fitogeográfico da Caatinga. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade inseticida do extrato clorofórmico das folhas da P. microphylla contra o mosquito Aedes aegypti. Folhas foram secas, trituradas e em seguida submetidas a uma extração em aparelho Soxhlet com solventes em ordem crescente de polaridade: ciclohexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol. Para a atividade larvicida, inicialmente foi feito um teste de varredura com as concentrações de 10, 100, 250, 500, 600 e 1.000 ppm para todos estes extratos, e o extrato que melhor apresentou atividade larvicida teve seu LC50 e LC90, em 48 horas, determinado testando-se concentrações abaixo da de melhor atividade no teste de varredura. Visando determinar o possível mecanismo de ação, larvas expostas a concentrações correspondentes a LC50 e a 2xLC50 por 24 horas tiveram suas estruturas analisadas em microscopia eletrônica de varredura (MEV). O extrato de melhor atividade larvicida ainda teve sua constituição fitoquímica determinada através de cromatografia em camada delgada. Em seguida, este mesmo extrato, em diferentes concentrações, teve sua fitotoxicidade determinada em modelo de toxicidade à Lactuca sativa L. (alface) e parâmetros de crescimento e germinação das sementes foram utilizados na determinação da fitotoxicidade. Embriotoxicidade ao zebrafish também foi avaliada, submetendo os embriões a diferentes concentrações deste extrato e os avaliando após 24, 48 e 72 horas. Durante o teste, a mortalidade, o desenvolvimento dos embriões e os batimentos cardíacos foram avaliados e a mortalidade utilizada no cálculo da LC50. A citotoxicidade foi determinada por avaliação da porcentagem de hemólise expondo-se diferentes concentrações do extrato a eritrócitos humanos. Dos quatro extratos testados, apenas o extrato clorofórmico demonstrou atividade larvicida significativa, com um LC50 de 31,62 ppm. Na análise em MEV das larvas, nas duas concentrações testadas, as alterações mais pronunciadas se deram nas papilas anais e no tubo sifão, além de rupturas no abdômen e turgidez do corpo. O perfil fitoquímico revelou que os metabólitos mais presentes no extrato foram cumarinas, compostos fenólicos, lignanas, derivados antracênicos e saponinas. No teste de fitotoxicidade, o extrato apenas produziu redução significativa do dicótilo na concentração de 90 ppm quando comparada com a concentração de 60 ppm (p=0,0295) e em relação aos índices de germinação todas concentrações foram consideradas não fitotóxicas. O teste em embriões de zebrafish apresentou uma LC50 de 61,05 ppm em 48 horas, no entanto, parâmetros analisados neste mesmo tempo e em 72 horas, em concentrações próximas a LC50 larvicida do extrato, o extrato mostrou provocar alterações no desenvolvimento do embrião que não levam a significativa mortalidade. O extrato, em nenhuma das concentrações testadas provocou hemólise. Portanto, o extrato clorofórmio de P. microphylla constitui uma alternativa larvicida no combate ao Ae. aegypti, mosquito vetor de viroses preocupantes para a saúde pública, no entanto, trabalhos futuros são necessários para isolamento do princípio ativo presente no extrato e para uma melhor determinação de sua toxicidade. |