Da capoeira à prateleira: etnografia da produção de artefatos para a venda no Centro de Artesanatos Torü Cuagüpa Ta da comunidade Bom Caminhoũ
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Museu Amazônico Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Antropologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3915 |
Resumo: | Este trabalho pretende descrever o circuito da produção de artefatos no Centro de Artesanatos , procurando mostrar como um grupo da etnia Ticuna Torü Cuagüpa Taũ transforma e insere sua produção artesanal na economia de mercado, destacando os aspectos de dominação e autonomia pertinentes nesse processo. O Centro fica localizado na aldeia Bom Caminho, município de Benjamin Constant, na tríplice fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia. O povo Ticuna possui uma forte tradição cultural de fabricação de artefatos. A memória coletiva reproduz que no surgimento da humanidade, e os heróis culturais, e suas irmãs e Ipi, Mowatcha Yoi‟i , teciam artefatos enquanto estavam no joelho de e, ao tocarem a AikünaNgutapa terra, trouxeram consigo os primeiros objetos. No mundo material, até a década de 80, a produção de artefatos em Bom Caminho seguia a tradição cultural para atender ao contexto doméstico e manter pequenos circuitos de trocas estabelecidos pelas relações interétnicas. Por meio de projetos integradores e outros alicerçados no discurso do desenvolvimento sustentável a produção foi e vem sendo incentivada para o mercado, modificando a economia tradicional. O artesão enquanto agente social integra uma categoria de trabalho exterior à sua cultura, potencializada pelo pensamento econômico hegemônico. Entretanto, os artesãos do Centro de Artesanatos desessencializaram esta categoria assumindo a identidade Ticuna. Enquanto grupo étnico, construíram uma rede de relações de fronteiras étnicas embasada num tipo especial de consumo, onde mercadorias e pessoas circulam e possuem vida social. |