Reivindicando e negociando direitos: as trabalhadoras de Manaus na Justiça do Trabalho (1988-1999)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Varão, Isabel Cristina Saboia
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7412274114833889
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8931
Resumo: Este estudo busca analisar as reivindicações e estratégias de negociações das trabalhadoras de Manaus que moveram processos trabalhistas nas Juntas de Conciliação e Julgamento da Justiça do Trabalho, no período compreendido entre 1989 e 1999, um contexto marcado pelo desemprego estrutural e pelas modificações sociopolíticas do neoliberalismo, cujo efeito imediato foi a ampliação das formas de trabalho informal e desregulamentado. Para as trabalhadoras de Manaus, a materialização dessa política provocou o aumento exponencial da precarização das formas de trabalho, expressando-se na permanência e ampliação da presença dessas mulheres no setor de serviços. Compreendendo que a resistência é um aspecto inerente à vida das trabalhadoras de Manaus, elas percebem na Justiça do Trabalho um campo de resistência, onde suas reivindicações poderiam ser validadas e negociadas. Assim, estudamos por meio dos dissídios individuais trabalhistas, periódicos, relatórios estatísticos, dentre outras documentações aspectos do cotidiano de trabalho dessas mulheres. No mesmo sentido, investigamos nos interstícios dos processos trabalhistas e meandros das leis, como a Justiça do Trabalho dirimiu os conflitos protagonizados pelas trabalhadoras, buscando compreender como a cultura de resistência foi marcadamente vivenciada por elas.