Na rua é meu trabalho: análise dos modos de viver e trabalhar dos camelôs na cidade de Manaus (1970-2014)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Rubens Rodrigues da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0650296178117216
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8514
Resumo: Este estudo faz uma reflexão sobre os modos de viver e trabalhar dos camelôs, na cidade de Manaus, entre os anos de 1970 a 2014, a partir da análise de notícias veiculadas pela imprensa, especialmente pelo jornal A Crítica, e dos depoimentos de trabalhadores camelôs. O período mencionado foi marcado por diversos embates entre os camelôs e a Prefeitura Municipal de Manaus, que pressionada pela atuação dos lojistas, buscava retirá-los das principais ruas do centro da cidade, utilizando medidas, por vezes, truculentas que foram justificadas pela necessidade de proteger o comércio formal, sob a alegação de que ele contribuía efetivamente para a economia local, bem como pela preocupação com a estética e a higiene consideradas substanciais para as cidades que pretendiam se apresentar como modernas, visto que a atividade dos camelôs era comumente associada à sujeira, à desordem e à ocorrência de delitos nas ruas, o que justificava a intervenção de ações policiais. Diante de tais circunstâncias, os camelôs constituíram diversas formas de resistência, através da organização de táticas cotidianas, como a estrutura móvel de suas bancas, própria para facilitar eventuais fugas diante da presença dos agentes municipais, a criação de uma rede de sociabilidades em seu espaço, o constante retorno às ruas após ações de desocupação e à formação de um sindicato.