Óleos essenciais de Lippia gracilis e Cymbopogon citratus na dieta de tambaqui (Colossoma macropomum): efeito sobre desempenho, parâmetros hemato-imunológicos e resistência frente Aeromonas jandaei

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Barbosa, Kamila Raissa de Souza
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3705475032279714
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal e Recursos Pesqueiros
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9597
Resumo: A utilização de imunoestimulantes alternativos na aquicultura, como os óleos essenciais, é de grande relevância, principalmente por atuar beneficamente nas respostas imunes dos peixes e por apresentar potencial antimicrobiano. Óleos essenciais (OE) de Lippia gracilis e Cymbopogon citratus apresentaram ação antimicrobiana in vitro contra espécies de interesse na piscicultura, como Aeromonas jandaei e Aeromonas hydrophila. Diante disso, o presente trabalho teve como como objetivo avaliar o efeito da inclusão do OE de L. gracilis e C. citratus na dieta de tambaqui (Colossoma macropomum) sobre o crescimento, respostas hemato- imunológicas antes e após estímulo com A. jandaei. No capitulo 1, foi realizada revisão bibliográfica sobre a utilização dos OEs como imunoestimulantes, e relatado como os óleos atuam melhorando parâmetros fisiológicos dos peixes. Já no capítulo 2, foi descrito o estudo in vivo utilizando a inclusão dos OEs de L. gracilis e C. citratus na dieta de tambaqui. O estudo foi realizado utilizando delineamento inteiramente casualizado, com 5 tratamentos (T1= 0,0 g kg-1; T2= 5,0 g kg-1 de OE de L. gracilis; T3= 10,0 g kg-1 de OE de L. gracilis; T4= 5,0 g kg-1 de OE de C. citratus; T5= 10,0 g kg-1 de OE de C. citratus) e 4 repetições. Os OEs foram adicionados à ração comercial (32% PB) e esta foi fornecida aos peixes (n=240), duas vezes por dia, durante 60 dias. Após esse período, foi realizado o procedimento de biometria e coleta sanguínea dos peixes para análises hematológicas, bioquímicas e imunológicas. Com relação aos parâmetros sanguíneos, não foi encontrada diferença estatística significativa (p<0,05) nos valores de hematócrito, hemoglobina, eritrócitos, hemoglobina corpuscular média, volume corpuscular médio e concentração de hemoglobina corpuscular média. Tanto nos parâmetros bioquímicos - proteínas totais, albumina e globulina-, como nos parametros imunológicos- atividade respirátoria de leucócitos e concentração de lisozima- não houve diferenças estatísticas entre os tratamentos com OEs. Entretanto, observou-se uma redução significativa nos valores de aspartato aminotransferase (AST) no tratamento contendo 5 g kg-1 de OE de L. gracilis em relação aos demais tratamentos. Após os 60 dias de alimentação, os peixes tiveram o sistema imune estimulado com A. jandaei (108 UFC mL-1), mas não foi observada nenhuma mortalidade no período de 15 dias, assim como não houve efeito sobre a lisozima e atividade respirátoria de leucócitos. Todavia, as alterações em alguns parâmetros sanguíneos 10 dias após o estímulo com a bactéria foram registradas: tratamento controle apresentou redução significativa nos valores de volume corpuscular médio (VCM) em relação ao tratamento com 5 g kg-1 de OE de L. gracilis, e os valores de proteínas totais dos peixes pertencentes aos tratamentos controle e 10 g kg-1 de OE de L. gracilis foram significativamente menores em relação ao tratamento com 5 g kg-1 de OE de L. gracilis. Em conclusão, a inclusão dos OEs de L. gracilis e C. citratus mostraram efeitos não-deletérios na saúde dos peixes, uma vez que não afetaram negativamente o desempenho zootécnico dos peixes, nem a taxa de sobrevivência após estímulo com A. jandaei.