Atividade antiparasitária dos óleos essenciais de Aloysia triphylla, Lippia gracilis e Piper aduncum no controle de Piscinoodinium pillulare em Colossoma macropomum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Paula Ribeiro
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7354796709767692
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal e Recursos Pesqueiros
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8547
Resumo: Piscinoodinium pillulare é um ectoparasito reconhecido mundialmente pelos surtos provoca-dos em grande escala nas pisciculturas, e com registro em tambaqui, Colossoma macropo-mum, espécie nativa mais produzida no Brasil. A busca por produtos naturais como alternati-va aos sintéticos para o tratamento de doenças em peixes tem crescido nos últimos anos, de-vido suas propriedades biodegradáveis e menor possibilidade de causar resistência parasitá-ria. Diante deste cenário, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antiparasitária dos óleos essenciais (OEs) de Aloysia triphylla, Lippia gracilis e Piper aduncum para o controle de Piscinoodinium pillulare em juvenis de tambaqui. Primeiramente foi avaliada a toxicida-de aguda dos três OEs, em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com seis tratamen-tos: controle e cinco concentrações dos OEs (A. triphylla 60, 80, 100, 120 e 140 mg L-1, L. gracilis 35, 40, 45, 50 e 55 mg L-1 e P. aduncum 42,5, 45, 47,5, 50 e 52,5 mg L-1), três repeti-ções e tempo de exposição de 4 horas, visando a definição de concentrações seguras para aplicação em banhos terapêuticos, sendo estas concentrações baseadasna literatura, seguido de testes pilotos. Os resultados mostraram que a mortalidade e a severidade dos danos nas brânquias de tambaqui foram proporcionais ao aumento das concentrações dos OEs, com a concentração letal média (CL50-4 h) estimada em 109, 57 mg L-1 para A. triphylla, em 41,63 mg L-1 para L. gracilis e em 48,17 mg L-1 para P. aduncum. Os danos histopatológicos de grau II e de grau III foram de baixa frequência, e este último que inclui as alterações severas e irreversíveis foi registrado somente nas maiores concentrações do OE de P. aduncum (47,5, 50,0 e 52,5 mg L-1). Portanto, concentrações dos OEs abaixo da CL50-4 h podem ser utiliza-das, em curtos períodos de exposição. Este protocolo foi adotado na segunda etapa deste es-tudo com o objetivo de determinar a eficácia dos três OEs no tratamento de P. pillulare em tambaqui após aplicação de três banhos terapêuticos de 15 minutos. Para isso, utilizou-se um DIC com sete tratamentos e três repetições: controle, OEs de A. triphylla (40 e 50 mg L-1), L. gracilis (20 e 30 mg L-1) e P. aduncum (10 e 20 mg L-1). Após os tratamentos com os óleos essenciais, a contagem do P. pillulare foi feita em câmera de sedgewick rafter utilizando três alíquotas de cada amostra para a determinação dos índices parasitários de prevalência, abun-dância média e intensidade média, bem como a eficácia antiparasitária. Para avaliar o estado fisiológico dos peixes foram realizadas análises de hematócrito, número de eritrócitos, he-moglobina, glicose, proteínas totais, bem como a atividade das enzimas aspartato aminos-transferase, alanina aminostransferase e fosfatase alcalina. A eficácia dos OEs no controle de P. pillulare variou de 63,8 a 83,8%. Não houve diferença significativa entre tratamentos para os parâmetros hematológicos e bioquímicos, mas a infestação por P. pillulare promoveu re-dução no hematócrito e hemoglobina, além de aumento na glicose plasmática e proteínas totais. Para os parâmetros enzimáticos, houve redução da alanina aminotransferase, mas não houve comprometimento da função hepática em tambaquis. Portanto, os OEs de A. triphylla, L. gracilis e P. aduncum constituem boas alternativas terapêuticas para mitigar os impactos negativos causados pela infestação de P. pillulare na criação de tambaquis.