Da floresta ao consumidor: agregação de valor à cadeia produtiva da madeira no Estado do Amazonas
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Centro de Ciências do Ambiente Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10308 |
Resumo: | A presente pesquisa visa contribuir para a agregação de valor aos produtos acabados de madeira maciça comercializados na cidade de Manaus, propondo diretrizes para a confecção conforme a necessidade dos consumidores. Para isto, foi realizado um levantamento sobre as atividades de manejo florestal madeireiro comunitário no Estado do Amazonas, por meio da base de informações fornecidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM). Foi realizado também um diagnóstico mercadológico e estratégico sobre o comércio de produtos acabados de madeira na cidade de Manaus, utilizando-se os conceitos de macroambiente de marketing aplicando-se um formulário com 30 questões para caracterizar os componentes preço, praça, produto e promoção e, para a análise do posicionamento estratégico, foi aplicado um formulário com uso da escala likert para mensurar o poder de negociação dos fornecedores, poder de negociação dos clientes, intensidade da rivalidade entre os concorrentes, entrantes potenciais e ameaça de produtos substitutos. Por fim, foi aplicado um questionário que visou caracterizar as variáveis e atributos para identificar as preferências dos consumidores em relação aos produtos de madeiras. Os resultados apontam que entre 2000 e 2021 foram emitidas 100 licenças ambientais de exploração para manejo florestal comunitário madeireiro, com projetos localizados em 11 municípios do Estado do Amazonas, com destaque para Maraã, Santo Antônio do Iça e Uarini. O volume total de madeira licenciada para o período foi de 68.122,43 m3 e 10242 árvores exploradas, com destaque para as espécies assacu (Hura crepitans L.), macacarecuia [Eschweilera albiflora (DC.) Miers] e mulateiro [Calycophyllum spruceanum (Benth.) K.Schum.]. Os principais produtos comercializados pelas empresas em Manaus são móveis domésticos, como armários, beliches, camas, cômodas, mesas de jantar e roupeiros, produzidos com as espécies madeireiras angelim-pedra (Hymenolobium petraeum D.), cumaru (Dipteryx odorata (Aubl.) Forsyth f.), jatobá (Hymenaea courbaril L.) e muiracatiara (Astronium lecointei D.). O posicionamento estratégico para as empresas participantes da pesquisa é inexistente. As empresas são omissas quanto ao processo de legalização da madeira; as empresas trabalham sem contratos formais, sem ausência de avaliação da reputação de seus fornecedores e possuem limitações na capacidade de estoque. O design empregado aos produtos é pouco atrativo, o que confere baixa perpetuação no mercado local. Não há controle de qualidade, comercializando produtos que podem apresentar defeitos. A partir da análise da matriz QFD, pode-se concluir que os produtos precisam possuir os seguintes requisitos técnicos de qualidade: madeira seca, com teor de umidade inferior a 10%; desenvolver e aplicar design atrativo; utilizar madeira maciça mesclada com metal; utilizar matéria-prima com boa resistência mecânica; aplicar tratamento superficial de qualidade nos produtos; utilizar espécies de madeira com densidade igual ou inferior a 0,7g/cm3; desenvolver produtos que possuam junções/componentes resistentes; desenvolver o projeto dos produtos com formas simples, eliminando produtos com aspectos torneados; simplificar cortes no processamento mecânico, e; utilizar madeiras de cores claras. |