Vida religiosa ribeirinha: um estudo sobre a Igreja Católica e Evangélica no Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira, Liliane Costa de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4095269474694245
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
BR
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3359
Resumo: A história da ocupação recente da Amazônia está diretamente relacionada com o encontro de culturas religiosas sustentadas socialmente por mundos materiais e espirituais distintos definidores do ethos vivido. Cabe destacar o Cristianismo como um dos principais movimentos religiosos introduzido na região, a princípio, pelo Catolicismo e mais tarde pelo Protestantismo. É possível perceber a influência que a igreja exerceu sobre a vida dos moradores, tornando-se depois da família uma das mais importantes instituições sociais. E na atualidade permanece exercendo domínio no processo de formação de novas comunidades, reproduzindo práticas messiânicas de evangelização e colonização. Entre as comunidades ribeirinhas de Jaiteua de Cima, Manacapuru/AM, são as Igrejas (evangélica e católica) que delimitam o espaço sociopolítico, pois o processo de implantação destas Igrejas no local está diretamente relacionado com a história da formação social das comunidades Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Assembléia de Deus. São as igrejas locais que ocupam o espaço de centralidade. Por isso, esse estudo sobre a vida religiosa merece destaque pois trata-se de um fenômeno que modifica simbolicamente as relações políticas e sociais de percepção espaço-temporais entre as comunidades ribeirinhas. As características mais visíveis dessas mudanças são, por exemplo, as construções de igrejas, a criação de um espaço próprio para o Santo Padroeiro, a substituição do termo compadre pelo termo paz do Senhor , o nível de importância de uma família para outra e os tipos de lazer, como a prática do futebol. Portanto, a vida religiosa funciona como um dos mais importantes mecanismos de garantia do poder entre as famílias, na medida em que aglutina e domina a comunidade, constituindo-se em um poder simbólico. Pretendemos neste trabalho analisar o modo de ocupação religiosa destas comunidades sob a ótica das teorias sociológicas de Max Weber, Émile Durkheim, Peter Berger, Pierre Bourdieu, Heraldo Maués e Gedeon Alencar e mostrar a possibilidade de confrontar o modelo teórico construído pelos autores com a observação empírica da realidade apontada.