Bahsamori: o tempo, as estações e as etiquetas sociais dos Yepamahsã (Tukano)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Maia, Gabriel Sodré
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9677587150571677
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Museu Amazônico
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5648
Resumo: Esta dissertação trata-se sobre o Bahsamori, que faz parte do tripé do conhecimento dos Yepamahsã, Ukũse kihti, Bahsese e Bahsamori. Cada uma delas possui vasta literatura, e para ser um dos conhecedores do tripé do ukũse Tukamo, os Yepamahsã vem acompanhando desde a concepção e orientando os seus filhos visando que sejam especialistas em cada uma delas. Por isso que, em uma comunidade os velhos conhecedores são Kumu, Yai e Baya. O trio é considerado o alicerce de uma comunidade. O trio de especialista são conhecedores e usam o bahsese e trabalha cotidianamente visando o bem estar da comunidade, uma delas é visitar as famílias, caso encontrem alguém que esteja doente, o especialista lança mão de bahsese. O escopo do Bahsamori é mostrar qual a relevância que o velho conhecedor, o Baya, possui para conduzir uma comunidade. Este por sua vez foi amaneirado desde a sua infância e na juventude treinado para conhecer a astronomia tukana. Portanto, conhecer a astronomia faz parte do Baya orientar todos os afazeres do cotidiano dos Yepamahsã. A cada estação sempre é conhecida por meio de bioindicadores, e o Baya por sua vez a partir destes bioindicadores orienta os seus comunitários para o trabalho do roçado da construção de armadilhas de pesca e de caça, e também da pesca de piracema e por fim para celebrar todo acontecimento promove o póose, ou seja, o dabucuri, com seus parentes e vizinho próximos, que são seus cunhados e sogro. Para assimilar esta dissertação esta dividida em Introdução dois capítulos e consideração final. O que mais contribuiu para construção desta dissertação foram os mitos, porque quando se trata do conhecimento dos Yepamahsã, os mitos são de suma importância e o bahsamori esta inserido nos mitos. No entanto a pesquisa sobre o Bahsamori possibilitou que o conhecimento dos Yepamahsã continua vigorando cada vez mais. Muitos acreditavam que, com a chegada do calendário cristão por meio dos primeiros missionários, a vida pacata dos Yepamahsã tinha sido trave de olvidamento do Bahsamori. Contudo encontra-se sobre a responsabilidade de alguns velhos conhecedores, que por sua vez para manter o conhecimento usam a escrita espontaneamente.