Resiliência biocultural dos agroecossistemas na Amazônia: o baixo curso da Bacia do Ribeirão Taquaruçu Grande, Palmas-TO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Eliane Marques dos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5291006759659655
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6457
Resumo: O Estado do Tocantins possui a totalidade do território inserido na Amazônia Legal, sendo o baixo curso da Bacia do Ribeirão Taquaruçu Grande em Palmas, uma região de agroecossistemas de produção familiar com diversidade biocultural. Todavia, esses agroecossistemas sofreram grandes transformações ocasionadas pela criação de Palmas, que desencadearam reorganização e adaptabilidade nos sistemas. O objetivo geral do presente estudo foi analisar as transformações bioculturais desses agroecossistemas que propiciam a manutenção da diversidade biocultural e a resiliência para a sustentabilidade. Baseou-se numa integração de métodos qualitativos e quantitativos, com arcabouço teórico metodológico da dialética da complexidade sistêmica, resiliência de sistemas socioecológicos, etnoecologia e transdisciplinaridade. Os resultados indicaram os fatores desencadeantes de mudanças ao longo da trajetória da área estudada e os impactos de fatores externos de uma escala maior (regional e nacional) com a qual o sistema focal se relaciona em escalas maiores e menores, alterando sua capacidade adaptativa e a aprendizagem dos sistemas. Foi identificado no complexo biológico-cultural as diversidades: biológica, cultural, agrícola e paisagística que configura a riqueza em sociobiodiversidade dessa região. O sistema de uso da terra é caracterizado por uma longa persistência histórica e uma forte conexão com os sistemas sociais e ambientais que o produzem. Os processos produtivos e os saberes locais que levaram à construção das paisagens são responsáveis pela manutenção da diversidade dos ambientes locais. A estrutura complexa do mosaico de paisagem nessas áreas é uma ilustração exemplar da diversidade biocultural. A avaliação de resiliência apontou indicadores bioculturais nos quais o sistema se manteve resiliente na manutenção da diversidade biocultural apesar das transformações ocorridas após a urbanização, todavia, essa resiliência não levou à sustentabilidade dos agroecossistemas com risco de perda de saberes locais não transmitidos intergeracionalmente. Para a sustentabilidade é necessária uma gestão adaptativa que inclua o uso racional dos bens comuns e os saberes para a criação de políticas públicas voltadas para as necessidades locais.