História oral e interseccionalidade na trajetória de Maria Amélia dos Santos Castro: comunidades remanescentes de Quilombo do Rio Andirá - Barreirinha/ Am (2005-2022)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Jucinara Cabral da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1152804337972554
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
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Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10275
Resumo: Esta dissertação versa acerca da trajetória de Maria Amélia dos Santos Castro, ex-presidenta e objeto desta pesquisa, atualmente está como vice-presidenta da Federação das Organizações Quilombolas do Município de Barreirinha (FOQMB). Nascida na comunidade remanescente de quilombo Santa Tereza do Matupiri no Rio Andirá, Município de Barreirinha no Estado do Amazonas, onde estão localizadas as cinco comunidades remanescente de Quilombo do Rio Andirá e seus respectivos núcleos: Santa Tereza do Matupiri, Boa Fé, Itucuara (núcleos Pagoa e São Paulo do Açu), São Pedro e Trindade (núcleos São Marcos e Lirio do Vale), reconhecidas em 2013 pela Fundação Palmares. Trazemos a interseccionalidade quanto ferramenta analítica, os estudos do feminismo negro para verificar os marcadores de opressões que se fazem presentes na trajetória de Maria Amélia dos Santos Castro, com os recortes da infância e adolescência, a vida adulta, casamentos e a inserção no movimento social quilombola, na Federação das Organizações Quilombolas do Município de Barreirinha, de 2009 a 2022. Buscamos identificar os marcadores de opressões enquanto mulher negra, quilombola, mãe solo, doméstica e líder, atravessada pelas relações de gênero e classe. Dialogamos com os estudos de emancipação e pós abolição no Brasil, estudos das comunidades remanescentes de quilombo no Brasil, no Amazonas e pesquisas voltadas para as comunidades remanescentes de quilombo do Andirá, tendo em vista a autobiografia Trilhas percorridas por uma militante quilombola: vida, luta e resistência, que trata sobre a trajetória da sujeita desta pesquisa, que se dá sob a perspectiva da metodologia da História Oral. A partir disto esta possibilita traçarmos uma discussão acerca dos papeis ocupados por Maria Amélia dos Santos frente a FOQMB, e como se constitui quanto mulher negra quilombola nos espaços sociais nas quais as múltiplas formas opressões visitam seu corpo nessas encruzilhadas.