Papel da BjcuL, uma lectina isolada do veneno da serpente Bothrops jararacussu, na resposta imunológica mediada por linfócitos T

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pires, Weverson Luciano
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7288190100935083
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - BIONORTE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6297
Resumo: A BjcuL é uma lectina do tipo C que depende de íons cálcio para desenvolver suas atividades biológicas. Essa proteína é composta por duas subunidades idênticas que constituem a estrutura molecular de homodímero. A BjcuL tem especificidade para ligação a carboidratos por meio de sua região CDR, apresenta atividade hemaglutinante, inibe a proliferação de células tumorais, e a formação de biofilmes bacterianos. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da BjcuL sob a resposta imunológica mediada por linfócitos T humanos e suas diferentes subpopulações. Os resultados mostraram que a BjcuL não é tóxica para os PBMCs e também não exerce atividade mitogênica sobre essas células, nas concentrações de 5 e 10 μg/mL, os quais podem ser regulados pela produção de espécies reativas do oxigênio (EROS). Os dados evidenciaram que os linfócitos T são as células responsáveis pela produção de EROS induzidas por BjcuL, contribuindo para a atividade não mitogênica dessa lectina. A BjcuL acoplada ao FITC interagiu com monócitos, linfócitos B, células Natural Killer e também com subpopulações de linfócitos T. O resultado dessa interação foi a ativação celular que induziu a produção de citocinas pró-inflamatórias como IL-6 e TNF-α, e antiinflamatórias como IL-10. Além disso, os dados mostraram que as células responsáveis pela produção de TNF-α são as células Natural Killer e os monócitos. A IL-10 é produzida pelas células T CD4+ e pelos linfócitos Treg, quando estimuladas pela BjcuL. O perfil de citocinas produzidas pelas células quando estimuladas por essa lectina permite afirmar que a BjcuL desenvolve atividade imunomoduladora. Os resultados obtidos poderão servir de base para o desenvolvimento de novos farmacos com interesse clínico e como ferramentas de prospecção biotecnológica.