A ressignificação da educação em direitos humanos no Amazonas : educação em direitos humanos no Amazonas
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7967 |
Resumo: | Esta tese aborda a ressignificação da educação em direitos humanos, a partir de uma perspectiva contra-hegemônica, assentada numa concepção crítica, humanista, libertadora e emancipadora, contraposta às perspectivas abstratas, universalistas e normativistas, apartada de contextos. Para dar conta da educação em direitos humanos no Amazonas, foi realizado um estudo de caso numa rede de ensino municipal, trazendo para o debate questões de currículo e suas relações com processos de formação continuada de professores, sendo, para isto, analisados a Proposta Curricular da rede de ensino, bem como o discurso dos professores sobre a educação em direitos humanos no cotidiano das escolas. Os aportes teóricos fundamentaram-se em Kant, Paulo Freire para se pensar questões antropológicas e ético-políticas. Boaventura de Sousa Santos fundamentou discussões sobre os direitos humanos em sociedades capitalistas, coloniais e patriarcais, evitando, assim, que o debate se degenerasse em questões moralistas. A perspectiva crítica de direitos humanos foi assentada no pensamento de Herrera Flores. A Proposta Curricular e os discursos dos professores foram analisados numa abordagem discursiva, tendo a argumentação, conforme a nova retórica de Perelman e Tyteca, e o dialogismo, em Bakhtin, as teorizações de fundo. A pesquisa mostrou haver necessidade de ressignificação da educação em direitos humanos no Amazonas, considerando algumas lacunas no processo educativo. Uma delas tem a ver com as consequências do colonialismo e do capitalismo no âmbito dos direitos humanos. Os processos educativos pesquisados não dialogam com os contextos, as especificidades culturais dos alunos; os currículos não atendem questões educativas referentes às populações indígenas, quilombolas, ribeirinhas; predomina um modelo curricular urbano, à revelia de um currículo da educação do campo; as concepções dos professores sobre educação em direitos humanos apontam, na sua maioria, para questões universalistas, normativistas, perdendo-se de vista a relação com questões contextuais. O estudo aponta para a urgência de se retomar metodologias problematizadoras, críticas, reflexivas, trazendo a linguagem para o centro do debate, a fim de que sejam elaborados novos argumentos, outros sentidos e significados para a educação em direitos humanos, nas vozes dos excluídos, explorados, daqueles que tiveram a dignidade negada em processos históricos pautados pela exploração capitalista, aconteceu aos indígenas nos seringais de Putumayo e aos seringueiros, negros, indígenas no Amazonas. |