Kant no ensino médio: uma proposta metodológica para a leitura da “resposta a uma questão: o que é o esclarecimento?"

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Tavares, Maria Lúcia Barros
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4714351773266297
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas; Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais; Brasil; UFAM; Programa de Pós-graduação em Filosofia
• Palavras-chave em Português: Neokantismo; Filosofia (Ensino médio); CIÊNCIAS HUMANAS; Filosofia; Kant; Esclarecimento; Ensino Médio
• Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7508

A pesquisa tem como temática: Kant no ensino médio: uma proposta metodológica para a leitura da “Resposta a uma questão: O que é o Esclarecimento?”, tem-se por objetivo geral examinar a dificuldade do uso do texto filosófico no ensino médio, apresentando uma proposta metodológica para a leitura do opúsculo de Immanuel Kant “Resposta a uma questão: O que é o Esclarecimento?”. A pesquisa ora realizada originou-se da análise dos pressupostos de prática docente no ensino médio ao ministrar aulas do Componente Curricular de Filosofia nas três séries consecutivas, observou-se dois fatos que trazem transtornos no ensino de Filosofia e que exigem reflexão, estratégia e esforço para serem solucionados. Dentre eles, destacam-se o paradoxo que envolve o uso do texto filosófico no ensino de filosofia: por um lado, ele é fortemente recomendado nos documentos oficiais, por outro, essa recomendação está muito longe de ser posta em prática pelos docentes em função de vários fatores. Observou-se que raramente o professor coloca o aluno em contato direto com textos filosóficos. Quando isso acontece, frequentemente trata-se de um ou outro fragmento retirado de seu contexto. A pesquisa ora desenvolvida se enraíza na necessidade de entender melhor o uso do texto Filosófico no ensino médio, examinando as razões apresentadas por aqueles que defendem e os obstáculos que o dificultam, analisando o descompasso entre a necessidade do uso pouco frequente do texto a partir de teóricos da educação e filósofos como: Severino, Porta, Cossuta, Kant, Cerletti e outros e os princípios que o norteiam o ensino, estabelecidos pelas normativas educacionais vigentes. O segundo fato está diretamente ligado ao anterior e, muitas vezes, serve de justificativa, visto que a maioria dos discentes apresenta uma grande dificuldade de leitura de textos em geral, e não apenas de textos filosóficos. Essas duas constatações justificam-se a escolha do objeto de estudo que desenvolveu-se a partir da pesquisa bibliográfica, cujo método de compreensão esta embasado no Círculo de Bakhtin, caracterizado pela intervenção verbal e seu caráter dialógico. Assim, elaborou-se dois capítulos (Parte I – Teórico Crítico e Parte II – Teórico Propositivo), a fim de desmitificar o objetivo, quais sejam, o ensino de Filosofia e o uso do texto filosófico e o guia de leitura como contribuição pedagógica, cujas estratégias didáticas estarão voltadas para a leitura de textos filosóficos, tomando por referência, o opúsculo kantiano supracitado.