“A natureza mudou”: alterações climáticas e transformações nos modos de vida da população no baixo rio Negro, Amazonas
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Centro de Ciências do Ambiente Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8177 |
Resumo: | As mudanças climáticas são gradativas e perceptíveis para toda a sociedade, e acarretam grandes impactos para as comunidades ribeirinhas da Amazônia. Estas populações são altamente sensíveis a estas transformações, pois os ciclos hidroclimáticos sazonais regem os seus cotidianos, integram os seus modos de vida ao ambiente e determinam a organização dos calendários sociais e agrícolas. Pesquisas de percepção climática dos ribeirinhos são necessárias para analisar como eles estão reagindo aos impactos dessas mudanças e quais estratégias adaptativas são adotadas. Este trabalho teve como objetivo compreender os impactos provocados pelos eventos climáticos extremos na dinâmica dos aspectos físicos, ambientais e socioculturais dos sistemas socioecológicos ribeirinhos do baixo rio Negro. Inicialmente, pela análise de alterações de tendências hidroclimáticas e, posteriormente, por meio da descrição da percepção procurou-se apresentar os impactos nos modos de vida e na paisagem das comunidades para então conhecer as estratégias adaptativas frente aos eventos climáticos extremos. Foi adotada a perspectiva quanti-qualitativa com abordagem multimétodos. A pesquisa foi realizada nas comunidades Tiririca, Marajá, Santo Antônio e Terra Preta da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do rio Negro, com 43 sujeitos por meio de entrevistas semiestruturadas e de grupo focal, com a finalidade de observar possíveis contrastes na percepção de homens e mulheres. Os resultados foram analisados por meio de tendências históricas da sazonalidade do regime hidrológico, da precipitação e da temperatura, enquanto para os dados qualitativos, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo. Os resultados indicam que registros físicos e de percepção na maioria das vezes coincidem, e estes apontam que os ciclos do rio estão mudados, que as chuvas diminuíram e há unanimidade na percepção de que o aumento da temperatura é uma realidade que tem afetado seus modos de vida no trabalho, educação, saúde e alimentação. As comunidades estão desenvolvendo estratégias adaptativas para superar esse novo desafio, mas políticas públicas precisam auxiliar na reposta local às variabilidades climáticas, contribuindo com a qualidade de vida das populações. |