Perfil sociodemográfico, estilo de vida e condições de saúde, com ênfase na hipertensão arterial sistêmica, de trabalhadores da Atenção Primária à Saúde no contexto amazônico
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Enfermagem Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8878 |
Resumo: | Introdução: A hipertensão arterial configura-se como uma das principais causas para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, dentre os fatores relacionados, destacam-se o perfil sociodemográfico, o estilo de vida e as condições de saúde inclusive entre os trabalhadores que atuam na área Atenção Primária à Saúde. Objetivo Geral: avaliar o perfil sociodemográfico, estilo de vida e condições de saúde de profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde, bem como identificar as associações à pré-hipertensão e hipertensão arterial. Objetivos Específicos: Caracterizar os perfil sociodemográfico, aspectos relacionados ao trabalho, antecedentes pessoais e familiares de doenças, entre os profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde; Avaliar o estilo de vida, nível de atividade física, transtorno mental comum entre os profissionais; Comparar o grupo de profissionais da Atenção Primária à Saúde a partir da classificação dos níveis pressóricos em relação às variáveis sociodemográficas, aspectos laborais, antecedentes pessoais e familiares e estilo de vida; Estimar a asssociação das variáveis ao desfecho da pré-hipertensão e hipertensão arterial. Métodos: Trata-se de estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa, tendo como público alvo os trabalhadores que atuam em unidades de atenção básica de saúde, localizadas na cidade de Manaus-AM. A coleta dos dados foi realizada por meio da técnica da entrevista e medida casual da pressão arterial, conforme os parâmetros adotados pela associação brasileira em cardiologia. O instrumento foi constituído por questões semiestruturadas, para levantamento das condições socioeconômicas, demográficas, antecedentes pessoais/familiar e laborais do público alvo. Também foram aplicados três questionários validados denominados: Estilo de vida FANTÁSTICO, SRQ-20 e IPAQ, versão curta. As informações foram digitadas em pares, armazenadas e analisadas estatisticamente com o auxílio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21.0 (manuscrito 1) e pelo software R versão 3.5.1 (manuscrito 2). A magnitude das associações foi estimada pelo Odds Ratio (OR), afim de encontrar a razão de chance como fator de risco ou fator de proteção, adotando-se o intervalo de confiança de 95% como medida de precisão. Resultados: Os resultados obtidos foram organizados em dois manuscritos. O primeiro, foi intitulado de “o Perfil sociodemográfico, laboral e de saúde de trabalhadores da Atenção Primária à Saúde” e obteve-se que 72,4% ocupavam cargos de nível médio e 27,6% cargo de nível superior. Houve diferença estatística entre os grupos quanto a: o setor de atuação assistência (p ≤ 0,004), ter outros empregos (p ≤ 0,002), ter companheiro (p ≤ 0,012), média de número de filhos (p ≤ 0,031), escolaridade (p < 0,001), número de salários mínimos (p < 0,001), tipo de moradia (p ≤ 0,049), tipo de transporte (p ≤ 0,001) tempo de atuação na unidade de saúde (p ≤ 0,024), média da pressão arterial sistólica (PAS) (p ≤ 0,042)], número de dias de caminhada na última semana (p ≤ 0,014)], número de dias de realização de atividade moderada (p ≤ 0,05) e média diária de realização dessas atividades (p ≤ 0,033). O segundo manuscrito foi intitulado “Fatores associados à hipertensão arterial sistêmica em trabalhadores da Atenção Primária à Saúde”. Quanto aos riscos de desenvolver hipertensão inferiu-se: o sexo masculino possui 10,55 vezes maiores chances para o desenvolvimento de pré-Hipertensão (OR 10,55; IC95% 2,41 – 46,17) e 3,48 vezes mais chances para densenvolver hipertensão (OR 3,48; IC95% 1,06 – 11,44); a cada um ano na idade aumenta 1,15 vezes a chance de pré-Hipertensão (OR 1,15; IC95% 1,04 – 1,28) e 1,19 de hipertensão (OR 1,19; IC95% 1,10 – 1,28); a presença de doenças autorrelatadas e histórico familiar de doençacardiovasculares, elevam em 5, 29 vezes (OR 5,29; IC 95% 1,93 – 14,49) e 4,48 (OR 4,48; IC 95% 1,12 – 17,96), respectivamente, o risco de ter hipertensão. Quanto aos fatores de proteção para pre-hipertensão tem-se que: o transporte utilizado para locomoção do tipo ‘próprio’ protege em 85% (OR 0,15; IC95% 0,03 – 0,60)], possuir ensino superior protege em 82% (OR 0,18; IC95% 0,004 – 0,85) e a frequência do número de dias de caminhada realizada por pelo menos 10 minutos durante a última semana protege 70% (OR 0,70; IC 95% 0,53 – 0,93) esses trabalhadores. Não foram encontrados fatores de proteção com valores significativos para a o desenvolvimento de hipertensão. Conclusão: Aspectos relacionados ao perfil dos trabalahadores da Atenção Primária à Saúde, como o estilo de vida (realização de caminhada, atividade moderadas), presença de doenças autodeclaradas, histórico familiar, níveis pressóricos alterados durante a medida casual, têm diferenças estatísticas ao serem relavado em consideração a categoria profissionais (ensino médio ou superior), há a necessidades de intervenções de saúde específicas a cada grupo que tenham como objetivo sensibilizar à adoção de estilo de vida mais saudável, de acordo com a realidade vivenciada dentro de cada categoria. Além disso, quando pesquisado especificamente sobre a hipertensão arterial, entre todas as categorias profissionais desses trabalhadores, verificou-se associação com variáveis relacionadas ao estilo de vida, condições de trabalho e de saúde. Desta forma, também há importância da incorporação de estratégias de saúde do trabalhador que visem a promoção, prevenção e recuperação da saúde desses profissionais que fazem parte da porta de entrada preferencial dos usuários do sistema de saúde. |