Hipertensão arterial e complicações associadas: análise do risco cardiovascular e da adesão ao tratamento em usuários do Sistema Único de Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Daniele Braz da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=69716
Resumo: <div style="">As doenças cardiovasculares representam um problema no cotidiano da saúde coletiva. Teve-se como objetivo geral avaliar o risco cardiovascular em usuários com hipertensão e complicações associadas com e sem adesão ao tratamento anti-hipertensivo acompanhados na Estratégia Saúde da Família de Fortaleza-CE. Pesquisa transversal, analítica e quantitativa, com coleta de dados durante os meses de abril a julho junto a 406 hipertensos com complicações associadas, por meio de visitas domiciliares nas quais se aplicou um formulário que abordava as características sociodemográficas e clínico-epidemiológicas, além de uma escala avaliativa da adesão terapêutica. Em um segundo momento, coletaram-se os resultados dos exames bioquímicos e avaliou-se o risco cardiovascular por meio de três instrumentos (Escore de risco de Framingham para Doença Cardiovascular Geral, Escore de risco de Framingham para Doença Coronariana Grave e instrumento do Systematic Coronary Risk Evaluation). Para a análise, realizaram-se testes de associação estatística (X2 ) e regressão linear múltipla pelo método stepwise, considerando p&lt;0,05. De acordo com os resultados, houve predominância do sexo feminino, idosos, casados, escolaridade de até oito anos de estudo e renda per capita inferior a um salário mínimo. Cerca de metade encontrou-se com as pressões arteriais sistólicas e diastólicas variando de ótima a limítrofe; a maioria com excesso de peso; metade dos homens e quase a totalidade das mulheres com circunferência abdominal aumentada. Como fatores de risco mais frequentes constaram história familiar positiva de DCV, sedentarismo, ex-tabagismo e DM desenvolvido por 12,1% dos participantes. Metade teve diagnóstico de hipertensão entre dez e quinze anos, enquanto as complicações se deram entre cinco e dez anos. O acidente vascular encefálico foi a complicação mais frequente e o principal motivo de internações. Mas as mulheres foram as mais acometidas por afecções cardiovasculares e verificou-se associação estatística entre sexo e complicações (p=0,011). Já a adesão ao tratamento anti-hipertensivo foi de 43,8%, discretamente maior entre as mulheres. O risco cardiovascular dos usuários com e sem adesão ao tratamento mostrou correlação linear negativa de grau moderado e significativo para Framingham DCGe e SCORE, e leve sem significância para Framingham DCGr. Os homens possuíam RCV maior que as mulheres. Os instrumentos apresentaram boa sensibilidade para medir o risco dos participantes. Quanto à especificidade, eles revelaram graus de variação, sendo o Escore de risco de Framingham para DCGe mais específico e o Escore de risco de Framingham para DCGr menos. A regressão linear múltipla stepwise demonstrou que apesar dos instrumentos possuírem preditores de risco comuns, a força de associação das variáveis previsoras que explicam o modelo é diferente para cada uma delas. Segundo se conclui, o risco cardiovascular de hipertensos com complicações associadas é influenciado pela adesão ao tratamento, bem como pelas características sociodemográficas e clínicas da clientela. Mas a escolha do instrumento de avaliação de RCV deve ser criteriosa, pois este vai depender da população a ser estudada. Palavras-chave: Doenças cardiovasculares. Fatores de risco. Hipertensão. Complicações. Cooperação do paciente.</div>