Estratégias bioclimáticas e tecnológicas para edificações escolares em áreas de inundação nos municípios de Anamã e Iranduba no estado do Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Diana Soares
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0026478022217344
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Tecnologia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7293
Resumo: No estado do Amazonas, as inundações sazonais que fazem parte do regime hidrológico causam grandes impactos às infraestruturas das edificações, em especial as das escolas, comprometendo o ano letivo dos alunos e consequentemente o desenvolvimento pedagógico. Nessas áreas é necessário que os sistemas construtivos apresentem soluções para essas situações de inundação e seca. Diante disso, opta-se para a tipologia arquitetônica de palafitas, que erguidas no entorno dos rios, lagos e igarapés, são habitações tradicionais da cultura ribeirinha cuja arquitetura pressupõe um diálogo com o ciclo das águas. Assim, o presente trabalho propõe um projeto que repensa as construções educacionais em áreas de inundações periódicas no Amazonas, considerando a questão da arquitetura bioclimática através do resgate do partido arquitetônico palafita e da inclusão de soluções tecnológicas e materiais construtivos integrados ao meio ambiente, consolidando o compromisso entre a arquitetura, educação e meio ambiente. A metodologia adotada estrutura-se a partir de pesquisa bibliográfica, bem como de levantamentos de campo para reconhecimento da área, identificação e registro das características locais e do entorno das áreas selecionadas no município de Anamã e na Vila de Paricatuba, no estado do Amazonas. Ambas as áreas, possuem similaridades quanto aos dados bioclimáticos sobre temperatura, precipitação, umidade e nível do rio, porém Iranduba encontra-se sob maior impacto antrópico por estar localizado na região metropolitana, e Anamã, apresenta grandes níveis de alagações anuais no período das cheias que ocasionam a inundação de todo município. A partir da obtenção dos dados climáticos das regiões é possível sugerir um conjunto de estratégias bioclimáticas a serem inseridas na elaboração do projeto como: estudos sobre a iluminação natural reduzindo a exposição luminosa direta, através de estratégias como a utilização e brises, esquadrias e sombreamento e a aplicação da iluminação artificial de forma eficiente e bem planejada; a ventilação natural e cruzada abrangendo toda a edificação em conjunto com um processo de resfriamento evaporativo como o uso de áreas arborizadas e/ou gramadas próximas à edificação; telhados e paredes verdes; a energia solar fotovoltaica; o reaproveitamento da água da chuva; a separação/destinação dos resíduos sólidos; a fossa biodigestora elevada; os materiais como as vigas e lajes de madeira-concreto; as madeiras certificadas; e telha cimentícia reforçadas com tecido de fibras. Diante do exposto, foi elaborado o estudo arquitetônico com foco em estratégias bioclimáticas, tecnologias e inserção de materiais que são caminhos para a criação de edificações mais sustentáveis adaptadas as especificidades do estado do Amazonas. É grande a perspectiva de que a tipologia arquitetônica de palafitas pode ser aprimorada para uso em novos projetos de edificações escolares, no entanto é necessário que os órgãos governamentais tenham uma visão ampla de sua a importância e a reconheçam como sendo patrimônio material e imaterial da região do Amazonas.