Vivências da homofobia no período escolar: significações na idade adulta
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6305 |
Resumo: | A homofobia sofrida na escola não se encerra no ato em si, podendo trazer implicações psicossociais que podem perdurar até a vida adulta. Dessa forma, procuramos responder a seguinte pergunta: Como se dão as vivências desses jovens? Para isso, elaboramos o objetivo geral: Compreender as vivências de homens homossexuais cisgênero adultos acerca da homofobia sofrida na escola e suas implicações subjetivas. Os específicos são: Analisar os relatos acerca da homofobia sofrida na escola; descrever as significações atribuídas às implicações subjetivas decorrentes da homofobia na escola; caracterizar a organização e funcionamento das Redes Sociais Significativas do sujeito utilizadas para lidar com as situações de violência homofóbica da época e atualmente. Utilizamos como marco teórico a Teoria dos Aparelhos Ideológicos do Estado por entendermos a escola como aparelho reprodutor de ideologias das classes dominantes; a Teoria Queer voltada para o campo da educação; e a Teoria das Redes Sociais que nos auxiliará no entendimento da constituição e funcionamento das Redes Sociais Significativas, além de nos conferir também instrumento para a coleta de dados. Trata-se de pesquisa qualitativa descritiva, na qual entrevistamos 10 homens homossexuais com idade entre 18 e 30 anos que sofreram homofobia em escola manaura. Para a coleta dos dados realizamos entrevista semi-estruturada, além de preenchimento do instrumento Mapa Mínimo de Relações (MMR). Para análise das entrevistas utilizamos a Análise de Conteúdo temática, e para a análise das Redes Sociais Significativas, utilizamos a Teoria das Redes Sociais. Como resultados da Análise de Conteúdo, encontramos duas categorias finais: Vivências das homofobias e Implicações Psicossociais à época e atuais. Na primeira, os relatos trouxeram o sofrimento dos entrevistados pelo descumprimento da normatividade aliado ao fato de se encontrarem em um ambiente normativo, que possibilita que a homofobia se perpetue; Já na segunda categoria, são trazidas algumas implicações como forma de prevenção do sujeito diante de possíveis ataques, algumas para neutralizar ou contra-atacar; outras serviram, ainda, para ajudar o sujeito a sentir mais empatia para com o próximo. A análise das Redes Sociais Significativas dos sujeitos apresentou desde sujeitos que encontraram na escola a perpetuação do desamparo encontrado dentro de casa até aqueles que cresceram em um ambiente de respeito às diferenças e tiveram apoio psicoterápico. Alguns entrevistados não tinham a quem recorrer no período escolar, senão aos seus colegas da mesma idade. Nessa perspectiva, se faz importante que a escola invista em projetos que protagonizem os adolescentes para atuarem na educação e prevenção da discriminação entre seus pares. |