Militante... Já viu, né? A homofobia nos processos de subjetivação dos militantes do movimento LGBT

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pinafi, Tânia [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97579
Resumo: O objetivo deste trabalho é avaliar as influências de uma série de preconceitos sexuais e de gênero, presentes em nosso entorno social, sobre os modos de subjetivação dos militantes gays e lésbicas do Movimento LGBT brasileiro. Neste estudo, foram analisadas as relações sociais de sexo inter e intra gêneros na (con)vivência política de gays e lésbicas, as particularidades do contexto sócio-histórico e político nos processos de subjetivação e a homofobia. Para o desenvolvimento deste estudo foram realizadas entrevistas em profundidade com quatro militantes, dois gays e duas lésbicas, que possuem certa experiência junto à militância política LGBT em âmbito nacional. O método cartográfico e a perspectiva genealógica de Michel Foucault constituíram, respectivamente, o procedimento metodológico e o referencial teórico deste estudo; o que em última instância poderia nos levar a dizer que trabalhamos com “cartografias de base genealógica”. A análise das cartografias mostrou que no interior da militância LGBT se gestam certas práticas de normalização das identidades sexuais e de gênero, as quais aprisionam os corpos em redes de poder assimétricas no seio da coletividade do Movimento LGBT. Também pudemos perceber que a grade de inteligibilidade cultural do sistema andro-heterocentrado e homofóbico, instituída para apreender as relações socias de sexo, sempre que evocada, reinstitui o pensamento da diferença para pensar as identidades, contribui para perpetuar a existência do modelo binário de sexo, de gênero e de sexualidade, eclipsa a heterogeneidade presente no grupo dos homens e das mulheres, enfim, constrange a emergência do pensamento da diversidade para apreender a nós mesmos e ao mundo.