O efeito do óleo de copaíba (Copaifera spp.) sobre a morfologia das articulações de camundongos na artrite aguda induzida por Zymosan
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8364 |
Resumo: | A artrite reumatoide (AR) é uma doença que afeta principalmente as articulações, sendo atribuída alterações patogênicas-chaves à membrana sinovial (MS). Os tratamentos disponíveis para a doença são eficazes em minimizar os sintomas, mas a sua capacidade em intervir na progressão da doença e destruição das articulações ainda é limitada, além de apresentam inúmeros efeitos adversos. Nesse sentido, a administração de produtos naturais tem emergido como uma opção. Neste cenário, o óleo de copaíba tem sido matéria de vários estudos visando comprová-las ou adaptá-las à novas terapias. Apesar de amplamente estudado, a sua ação em eventos chaves na AR, tais como hiperplasia e ativação dos sinoviócitos, infiltração de células imunes e invasão tecidual necessitam ser elucidadas. Objetivo: Investigar o efeito do óleo de copaíba (Copaifera spp.) sobre a morfologia estrutural e ultraestrutural das articulações de camundongos na artrite aguda induzida por Zymosan (Zy), em especial sobre a membrana sinovial. Materiais e métodos: Camundongos Balb/c foram induzidos à AZy por injeção s.c. de solução de Zy a 500µg em pata. Dois grupos foram destinados à avaliação do óleo, sendo administrados, por via orogástrica (o.g.), 300 e 600 mg/kg. Para comparação foram empregados grupos tratados com tratamento convencional (diclofenaco), sem intervenção farmacológica (Controle) e tratados apenas com óleo (Controle Copaíba). Após 96 horas da injeção, as patas e tecidos foram removidos para análise histomorfológica, estereológica e por microscopia eletrônica. Resultados: A injeção de Zy em pata foi eficaz e desenvolver edema e alterações morfológicas e morfométricas em pequenas articulações (metatarso e falange), dais quais destacam-se hiperplasia da MS, que resultou no aumento do seu volume e espaço superficial, erosão óssea e perda de cartilagem, que por sua vez, apresentaram volume e superfície reduzida. O óleo de copaíba demonstrou-se eficaz em preservar a morfologia e a morfometria da articulação e seus componentes, demonstrando grande similaridade ao controle e tratamento convencional. Contudo, em relação ao edema, mostrou-se eficaz apenas nas primeiras horas (1h e 3h), perdendo sua capacidade no decorrer da experimentação. As MS artríticas apresentaram alterações ultraestruturais clássicas, tais como hiperplasia com infiltrado inflamatório, sinoviócitos B rico com aumento de REr e vacúolos citoplasmáticos, cisternas dilatadas repletas de ribossomos e processos citoplasmáticos extensos e sinoviócitos A com inúmeros vacúolos citoplasmáticos. O óleo de copaíba conferiu plasticidade aos sinoviócitos, que arranjaram-se de forma a tornar a membrana impermeável. Conclusão: O modelo de AZy é eficaz em desenvolver alterações estruturais e ultraestruturais em pequenas articulações quando aplicado em pata por via s.c. O óleo de copaíba demonstrou-se promissor em conter alterações morfológicas e morfométricas impostas pela artrite experimental por Zy, as quais foram evidenciadas por estereologia e microscopia eletrônica. Contudo estudos adicionais são necessários para elucidar os mecanismos envolvidos e ajustar a dose e período de administração do produto natural. |