Feridas nos pés de pessoas com diabetes e seus impactos sobre a qualidade de vida
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Medicina Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Patologia Tropical |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4033 |
Resumo: | O Índice de Qualidade de Vida de Ferrans e Powers–Versão Feridas (IQVFP-VF) foi aplicado pela primeira em pessoas diabéticas com ferida no pé após sua construção e validação. A escassez de estudos realizados, no Brasil, específicos acerca da Qualidade de Vida (QV) nessa população, foi a motivação para realizar este estudo que teve como objetivos: a) descrever o perfil sócio-demográfico dos pacientes diabéticos com ferida no pé; b) correlacionar os escores de Qualidade de Vida segundo as características sócio-demográficas e c) descrever as características clínicas, relacionadas ao Diabetes mellitus (DM). O estudo foi descritivo, transversal, realizado por meio de entrevista e aplicação do IQVFP-VF nas pessoas atendidas em três serviços públicos da cidade de Manaus-AM, sendo dois ambulatórios e um setor de internação de cirurgia vascular. O IQVFP-VF foi construído e validado por Yamada (2006) é composto por 70 itens e está dividido em quatro subescalas: Saúde/Funcionamento (SF), Sócio-Econômico (SE), Psicológico/Espiritual (PE), e Família (Fa). Inicialmente o estudo recebeu autorização da autora do instrumento, parecer favorável do Comitê de Ética da Universidade Federal do Amazonas-UFAM e autorizações dos hospitais para a coleta dos dados. Houve predomínio de: homens (54%); idade média de 59,65 anos; pessoas com união estável (47,5%); católicos (82%); afastamento da atividade profissional por causa da ferida (36%). A respeito das condições clínicas houve: predomínio de DM do tipo 2; média de 9,89 anos para o tempo com DM; uso de hipoglicemiante oral e alimentação balanceada com forma de controle da glicemia. Concernente à ferida ficou constatado: média de 1,19 feridas; 29,5% da amostra tiveram como fator desencadeador da ferida objeto cortante/perfurante ao andar descalço; 31,1% com amputação. Para melhor discussão dos resultados, foi utilizada categorização distribuída de tal forma que “zero” indica QV muito ruim e 30 QV muito boa. Acerca da QV, foi obtido escore médio de 20,66 (±5,29) para IQVT. O Domínio mais afetado foi o Saúde/Funcionamento com escore médio de 17,07 (±6,46) e com maior escore o PE com média de 25,96 (±6,12). Não houve correlação entre as variáveis: atividade profissional, idade, número de feridas, tempo de DM, com o IQVT. Houve correlação positiva, porém fraca, entre renda familiar (r=0,11), sexo (r=0,11), tempo com a ferida (r=0,11) e correlação forte entre amputação (r=0,49) e IQVT e seus domínios. Os pacientes com união estável tiveram média superior aos demais no Domínio Fa (p=0, 045). Em conclusão, ficou constatado que o IQVFP-VF é adequado para avaliar a QV de diabéticos com ferida no pé, que essa população mostrou ter qualidade de vida “boa”, porém, apresentou escore baixo no Domínio Saúde/Funcionamento demonstrando que a ferida no pé do diabético é uma complicação do DM que tem impacto negativo sobre a Qualidade de Vida dessas pessoas. |