Elos X Nós: encontros e desencontros entre poder público e movimentos de mulheres em Parintins/AM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Soares, Denise Bentes
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2832369656610779
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8126
Resumo: Os movimentos de mulheres têm buscado, ao longo das últimas décadas, se relacionarem com o Estado a fim de expandir suas lutas e incluir suas pautas na agenda pública. Esse processo de intervenção dos movimentos de mulheres nos espaços de participação nos instigou a discutir como se processa essa relação no município de Parintins/AM, partindo da seguinte questão: De que forma os movimentos de mulheres dialogam com o poder legislativo municipal e quais as estratégias e desafios que utilizam para interagir nesse espaço? A partir disso, esta pesquisa analisou o processo de interação entre os movimentos de mulheres e o poder legislativo no município de Parintins/AM, na gestão de 2013-2016. Para tanto, a metodologia consistiu em uma abordagem qualitativa, por meio de pesquisa bibliográfica, documental e de campo. Esta última, realizada no município de Parintins, estado do Amazonas, com a aplicação de entrevistas semiestruturadas junto às lideranças de cinco movimentos de mulheres: Associação de Mulheres Vitória Régia de Parintins (AMVRP), Central das Marias de Parintins, Associação do Movimento de Mulheres da Amazônia (MANI), Articulação Parintins Cidadã (APC) e Associação Parintinense de Defesa da Mulher, da Infância e Juventude (ASPINMU); bem como a quatro parlamentares da Câmara Municipal de Parintins (CMP). Os resultados apontam que os movimentos de mulheres encontram dificuldades em estabelecer diálogos com o legislativo municipal e, consequentemente, não conseguem inserir com tanto êxito na agenda estatal pautas relacionadas às demandas das mulheres. O poder legislativo, por sua vez, tem dado pouca relevância à atuação dos movimentos de mulheres, bem como não registra propostas de projetos, políticas e/ou ações relacionadas às pautas apresentadas pelos movimentos. Dessa forma, há o estabelecimento de um campo de conflito que separa a sociedade civil e o poder público, haja vista os interesses caminham em direções plurais o que caracteriza os elos e nós dessa relação.