Estudo fitoquímico e bioatividade de Diplotropis purpurea e Deguelia duckeana
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Química |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4909 |
Resumo: | O presente estudo fitoquímico descreve o isolamento e a identificação de nove substâncias obtidas dos extratos diclorometânico das raízes e hexânico dos galhos de Deguelia duckeana e três substâncias identificadas do extrato hexânico das folhas de Diplotropis purpurea, ambas pertencentes à família Fabaceae. O estudo fitoquímico de Deguelia duckeana permitiu a identificação de estilbeno (3,5,4’- trimetoxi-4-prenilestilbeno), chalconas (4-metoxilonchocarpina e 4-metoxiderricidina), flavanonas (5-hidroxi-4’,7-dimetoxi-6-prenilflavanona e 5-hidroxi-4’-metoxiisolonchocarpina), flavonas (3’,4’-metilenodioxi-7-metoxiflavona, 3’,4’,7- trimetoxiflavona e racemoflavona) e uma lignana (iangambina). A flavanona 5- hidroxi-4’,7-dimetoxi-6-prenilflavanona merece destaque, pois está sendo descrita pela primeira vez na literatura, isolada de fonte natural. A chalcona 4- metoxilonchocarpina, a flavona racemoflavona e a lignana também estão sendo descritas pela primeira vez em Deguelia. Do estudo fitoquímico de Diplotropis purpurea foram identificados três triterpenos lupeol, taraxerol e β-amirina. Com exceção do lupeol, os demais triterpenos estão sendo descritos pela primeira vez em Diplotropis. As substâncias foram identificadas por RMN de 1H e de 13C e CLAE/EM. Visando encontrar substâncias e extratos ativos, os mesmos foram analisados quanto ao potencial anticâncer e atividade antibacteriana. Quanto ao potencial anticâncer, o ensaio foi realizado em células de neuroblastoma humano (SK-N-SH) e verificou que a chalcona 4-hidroxilonchocarpina e a flavanona 4-hidroxiisolonchocarpina apresentaram citotoxicidade pelo teste da liberação da enzima lactato desidrogenase (LDH) bem como a ativação da enzima caspase-3, o que infere dizer que essas duas substâncias possuem um mecanismo de necrose e posterior apoptose. Os demais flavonoides induziram a fosforilação do fator de alongamento eucariótico (eEF2) e uma flavona também induziu a fosforilação da proteína quinase ativada por AMP (AMPK). Estes resultados sugerem que os flavonoides apresentam potencial anticâncer por apresentar atividade na síntese de proteínas. Quanto à atividade antibacteriana dos extratos de Diplotropis purpurea foi observado que o extrato metanólico das folhas mostrou-se mais ativo contra três bactérias: Serratia marcescens com CIM de 250 mg/mL, Bacillus cereus (CIM de 1000 mg/mL) com 66% de inibição em comparação ao controle positivo e Providencia rettgeri (CIM de 250 mg/mL) apresentando 69,5% de inibição em comparação ao controle positivo. O presente estudo destaca-se por contribuir significativamente para o conhecimento científico das espécies Deguelia duckeana e Diplotropis purpurea, pois os estudos das atividades biológicas dessas espécies e a descrição de seis substâncias estão sendo relatadas pela primeira vez nos gêneros, sendo uma descrita pela primeira vez como produto natural |