Estado nutricional de pacientes com neoplasia do trato digestivo no estágio pré-cirúrgico
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas - Universidade Federal do Pará
Faculdade de Ciências Farmacêuticas Brasil UFAM - UFPA Programa de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4530 |
Resumo: | O câncer é, atualmente, um problema de saúde pública mundial, tendo em vista o aumento de sua incidência de acordo com a recente transição epidemiológica, caracterizada pela mudança no perfil de mortalidade com diminuição da taxa de doenças infecciosas e aumento concomitante da taxa de doenças crônico-degenerativas. O câncer é uma doença genética, caracterizada pela proliferação local descontrolada de células anormais, com invasão de estruturas normais adjacentes e disseminação à distância. O comprometimento do estado nutricional é um importante problema associado ao câncer, particularmente naqueles localizados no trato digestivo. Indivíduos com estas neoplasias apresentam, em geral redução da ingestão alimentar e consequente desnutrição. O presente trabalho tem como objetivo conhecer o estado nutricional de pacientes com câncer do trato digestivo em estágios pré-cirúrgico, através da utilização de diferentes métodos de avaliação nutricional. Realizou-se um estudo transversal descritivo, no período de janeiro a junho de 2012 com pacientes internados no Hospital Universitário João de Barros Barreto e Hospital Ophir Loyola em Belém- Pa, que incluiu indivíduos de ambos os gêneros e idade igual ou superior a 19 anos. Para determinação do estado nutricional utilizou-se parâmetros antropométricos (IMC, DCT, %PP, CB, CMB, AMBC), indicadores bioquímicos (albumina sérica, hemoglobina, hematócrito e CTL) e clínicos ( alterações na pele, unha, boca e cabelos, perda de gordura subcutânea e tecido muscular), além da Avaliação Subjetiva Global produzida pelo paciente e Índice de Risco Nutricional. Foi aplicado também o Questionário de Frequência Alimentar para verificar os hábitos alimentares destes pacientes. Foram avaliados 70 pacientes, com idade média de 58 ± 12 anos, destes 62,9% foram do sexo masculino, 60% apresentaram neoplasia de estômago, 31,4% de intestino e 8,6% com localização esofágica (p-valor < 0,005). De acordo com os resultados, estavam eutróficos 40% e 41,4% quando avaliados pelo IMC e pela CMB respectivamente. Apresentaram desnutrição grave 57,1% através do % PP e 60% pela avaliação da DCT, enquanto que pela CB houve tendência para desnutrição leve (40%). A ASG-PPP mostrou 73,1% destes pacientes com algum grau de desnutrição, enquanto que pelo IRN 71,4% estavam desnutridos com predomínio da forma grave (64,3%). Os sinais clínicos mais frequentes foram perda de gordura subcutânea (64,3%) e depleção muscular (52,8%). Na avaliação bioquímica, encontrou-se uma prevalência de 47,1% dos pacientes com valores adequados de albumina sérica, para os resultados de hematócrito e hemoglobina, a tendência foi para valores abaixo da referência (61,4% e 70%, respectivamente), revelando presença de anemia na maioria dos indivíduos. Através da análise de CTL os valores mostraram-se dentro da normalidade em 37,1% e depleção em aproximadamente 63% da amostra. Destacou-se entre o padrão alimentar da população estudada, o alto consumo de alimentos do grupo de cereais, tubérculos e raízes e baixo consumo de frutas e hortaliças. Constatou-se que os pacientes oncológicos apresentaram comprometimento importante do seu estado nutricional, nos aspectos antropométricos, bioquímicos e clínicos, de acordo com os diversos parâmetros utlizados e, possuíam hábitos alimentares inadequados, com redução importante de alimentos fontes de nutrientes que podem ter ação protetora contra a carcinogênese. |