A visão de quem fica e de quem vai: Beco dos Pretos – um lugar na memória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Lupuna Corrêa de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7002423019476999
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8844
Resumo: A tese intitulada “A visão de quem fica e de quem vai: Beco dos Pretos – um lugar na memória” tem como objetivo construir a história do Beco dos Pretos sob a ótica do morador do lugar, uma vez que o deslocamento compulsório de mais de 50% dos moradores do Beco dos Pretos ocorreu no ano de 2007, devido à implementação do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus – PROSAMIM, como resultado de políticas públicas voltadas à moradia no município de Manaus. Na investigação utlizamos abordagem qualitativa, por meios de entrevistas semiestruturadas, pesquisa bibliográfica e observação. A pesquisa foi ancorada na metodologia combinação de metodologias diversas, a qual é denominada de “triangulação”, cujo objetivo é abranger a máxima amplitude na descrição, explicação e compreensão do objeto de estudo. Utilizando como ferramenta conceitual a corrente da geografia humana, nos apoiando na compreensão desse lugar, que assim como a cidade, está em constante transformação. Os resultados da pesquisa mostram que o deslocamento de parte da comunidade Beco dos Pretos fragilizou a comunidade, não somente em seus relacionamentos sociais, como também na maneira que a comunidade se relaciona com o lugar. Assim, revelam que a negligência do Estado com a história dos lugares e a ausência de sistematização com o trabalho relativo à escuta das comunidades antes e durante a implementação desses grandes projetos urbanísticos, podem ser vistos como uma forma de reforço à segregação socioespacial nas cidades, podendo assim causar danos culturais irreversíveis à história dos lugares, como é o caso do Beco dos Pretos. A ressignificação desses lugares de moradia às margens dosigarapés trouxe melhorias em relação aos aspectos estruturais e urbanos, além de levação dos índices de desenvolvimento urbano, mas, por outro lado, podem extinguir grupos sociais que dão vida à cidade, perdas para as quais não existem valores a estimar. Por fim, este estudo tornou possível a formatação de um livreto – produto final da pesquisa – onde está registrada a história dos moradores narrada de diferentes ângulos.