Exploração sexual feminina na fronteira: Brasil e Venezuela

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Vasconcelos, Andréa Freitas de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3364
Resumo: O presente trabalho procurou abordar o fenômeno da Exploração Sexual feminina na sociedade de consumo, fundamentando-se na sociologia das relações de gênero, ao tomar como estudo as situações de exploração sexual feminina e de prostituição que acontecem na fronteira Brasil/Venezuela, no período compreendido entre a última década (anos dois mil), aos dias atuais. O percurso teórico conceitual adotado considera essa temática um assunto relevante para o campo de estudos sociológicos e da dinâmica estrutura social. Ademais, utilizamos as reflexões teóricas da sociedade de consumo de Jean Baudrillard para identificar e distinguir antigas e novas formas de organização da oferta dos serviços sexuais na atualidade, acompanhadas de dimensões simbólicas que mercantilizam o sexo e o corpo feminino no mercado sexual. Uma visita rápida sobre o processo de colonização e de escravidão no Brasil permitiu conhecer um pouco da condição feminina na constituição do pensamento social do nosso país, que se manifesta nas relações sociais de gênero, ao apontar singularidades e convenções mais amplas sobre os estudos da exploração sexual feminina. Assim, a reflexão sobre o patriarcado, a violência, a pornografia e as relações de poder possibilitaram melhor compreender a redefinição dos espaços públicos e privados, rumo à elaboração de políticas públicas para as mulheres na direção de torná-las efetivamente sujeitos de direitos. Também se constatou aspectos e elementos particulares no processo de organização social e espacial da fronteira, ao identificar sujeitos empíricos entre paisagens e passagens que se (re)configuram nos discursos e repertórios vivenciados no fenômeno da exploração sexual feminina. Foram realizadas 30 entrevistas, distribuídas em três grupos focais: a comunidade em geral, os prestadores de serviços voltados à problemática estudada, as das mulheres prostitutas e de duas adolescentes em situação de exploração sexual. No discorrer dessas observações e análises viu-se que os sujeitos empíricos, em especial as mulheres envolvidas na prostituição, trilham um difícil caminho em busca de melhores condições de vida e de uma vida mais feliz.