Ruína e Criação: relações complexas em imagens na Casa de Cultura de Parintins
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6097 |
Resumo: | Imagine caminhar em um prédio construído há mais de 25 anos, frequentado por pessoas de diferentes grupos urbanos e sem um controle oficial sobre quem entra ou sai do local. O prédio está sem porta, sem janelas, sem tento e piso. Resíduos de lixo se espalham no chão e a vegetação cresce conforme a vontade da natureza. Olhamos para as paredes e percebemos pinturas, grafites, colagens, frases, pichos e poesias. São provas de que não estamos diante de um espaço parado ou abandonado. Dentro de um contraditório se trata de um lugar produtor de cultura, relações afetivas, ações nutridas de modo complexo entre ruína e criação. Foi essa perspectiva construída conforme entravámos em contato com as intervenções presentes na Casa da Cultura de Parintins, mais especificamente com 19 fotografias resultantes do Concurso de Painéis Natal Sem Fantasia realizado em 2015. Neste sentido compartilhamos nesta dissertação uma pesquisa dentro da perspectiva dos ecossistemas comunicacionais artísticos, o qual tem como objetivo geral compreender as dimensões culturais, sociais e artísticas nas imagens. Para tanto procuramos contextualizar o ecossistema com o qual nos relacionamos, construindo um histórico sobre a Casa da Cultura, a atuação de movimentos sociais, o Concurso de painéis, a experiência contadas pelos produtores das artes fotografadas, bem como tais intervenções podem provocar novas formas de pensar sobre diferentes esferas do urbano. A epistemologia complexa proposta por Edgar Morin é compreendida como o método de pesquisa e estratégia de reflexão, de modo a perceber a complexificação das imagens e suas possíveis dimensões. Dentro de uma construção interdisciplinar como norte de discussão, dialogamos diretamente com a ideia proposta por Etienne Samain sobre como pensam as imagens. Por meio de Mikhail Bakhtin temos a colaboração para compressão do dialogismo. Com a teoria sistêmica caminhamos para a reflexão quanto a atuação política e de comunicação do campo imagético construído em um contexto onde as relações sociais e afetivas são presentes dentro da heterogeneidade formada pelos seres que alimentam a noosfera construída e da efemeridade das imagens que transcendem o aspecto material e ganham valor simbólico constituindo o Umwelt. |