Casas, lagos e pessoas: relações de alteridade, mobilidade e territorialidade Paumari no Rio Tapauá
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Antropologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10593 |
Resumo: | Esta tese consiste na etnografia dos Paumari do rio Tapauá, localizados no sudoeste do estado do Amazonas, a montante do município de Tapauá e Canutama. Falantes de uma língua da família linguística arawa, encontram-se distribuídos aos longos dos lagos, várzeas e pé de terra firme situados nas Terras Indígenas Paumari do Lago Manissuã, Lago Paricá e Rio Cuniuá. Dos povos que habitam a Bacia do rio Purus, os Paumari são conhecidos pela intrínseca relação com o universo aquático, que é observada em vários aspectos de sua vida cotidiana. Assim, os sistemas de moradia, a ocupação de lagos, manejo de plantas em canteiros fluviais, técnicas de pesca diversificadas (de peixes, quelônios, peixe-boi e pirarucu) e produção de grafismos e rituais compõem o conjunto de aspectos socioculturais que sinalizam esta relação. E ao refletir sobre ela, a abordagem adotada destaca em primeiro plano as trajetórias dos Paumari, Mamori e Jobiri no rio Tapauá, tomada como análise essencial a compreensão da dinâmica social dos grupos/coletivos que habitam a região. A partir daí, abordo aspectos da vida cotidiana Paumari que se entrelaçam a dinâmica de ocupação dos lagos, marcado por um sistema de moradias flutuantes e de casas palafitas construídas sobre as várzeas e pé de terra, além dos sistemas de cultivo em canteiros flutuantes, canoas e beiradões da várzea, além da perspectiva que concebe a noção nativa de “território”, que ao longo do processo político e administrativo de reivindicação e demarcação de suas áreas, solicitavam com frequência a demarcação de lagos, praias e outros caminhos aquáticos. Longe de ser um domínio isolado, o universo aquático relacionasse a outros elementos do mundo, que constituem, como dizem os Paumari, a marca principal do Povo das Águas. |