Estudo químico e biológico das folhas de Piranhea trifoliata Baill e de seus fungos endofíticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Jeffreys, Manoel Feitosa
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0213940580953780
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5819
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo realizar o estudo químico e biológico das folhas de Piranhea trifoliata e de seus fungos endofíticos (Picrodendraceae) e realizar a avaliação do seu potencial frente aos ensaios antimicrobiano, antioxidante e antimalárico. As folhas foram coletadas na Volta Grande do Xingú, Altamira, PA (coleta 1) e no lago do Catalão, Manaus, AM (coletas 2 e 3). A coleta 1 foi extraída com diclorometano, metanol e Água, e as coletas 2 e 3 foram extraídas com hexano, metanol e água. Parte do material das coletas 2 e 3 foi também processada para a obtenção dos fungos endofíticos e estes foram extraídos com diclorometano e acetato de etila. A análise fitoquímica preliminar das folhas e dos fungos mostrou que os extratos diclorometânicos e hexânico possuem terpenos e os extratos metanólicos apresentam substânciastos fenólicas. Os caldos metabólitos dos fungos mostraram que a fase diclorometânica (DCM) possui terpenos, e a fase de acetato de etila (AcOEt) possui indícios de terpenos e substâncias fenólicas. O estudo fitoquímico das folhas levou ao isolamento da Friedela-3-ona, 30-hidroxi-friedelan-3-ona, Lupeol, a mistura dos esteróides β-sitosterol e Estigmasterol, hidroxicoriatina, a mistura de α e β–amirina, 7-hidroxi-6-metoxi-cumarina, 7,4’’’ dimetilamentoflavona, 3’-O- metilloniflavna e a 28-hidroxi-friedelan-3-ona. Já o estudo fitoquímico do fungo Diaporthe hongkongensis, levou ao isolamento de (3-oxociclobutil) metil1-hydroxi-2 metilciclopenta-2,4-dieno carboxilato e 9-amino-7-(2,5,7-triazabiciclo[2.2.1]hept-3-il)-2,3,6-trioxi-1-azabiciclo [3.2.2] nona-4,8-dieno-4-carbaldeido ambas inéditas. Todas as substânciais foram identificadas por RMN de 1H e de 13C, mono e bidimensionais e espectrômetro de massas. Quanto à atividade antioxidante, o extrato MeOH das folhas da coleta 2, apresentou equivalência de 1,15 e 1,13, a fase H2O apresentou 2,8 e 4,51 (DPPH e Fe3+) sendo considerados significativos. A atividade antibacteriana mostrou que a fase DCM das folhas das coletas 2 e 3 e a fase AcOEt da coleta 1, apresentaram CIM e CMB de 500 μg/mL frente às bactérias Aeromonas hydrophila e Flavobacterium columnare. A fase aquosa da coleta 1, apresentou CIM e CMB de 1000 μg/mL frente às bactérias Flavobacterium columnare e Pseudomonas fluorescens. Os extratos miceliais dos fungos 4 e 6, testados pela a metodologia do halo de inibição, apresentaram média atividade, 1 cm frente às bactérias Aeromonas hydrophila e Klebsiella pneumoniae. As fases DCM e AcOEt do caldo metabólito do fungo 4 mostraram-se ativas com 1 e 1,2 cm de halo. A atividade antimalárica mostrou que os extratos hexânicos e MeOH das folhas da coleta 3 apresentaram IC50 de 1,51 e 1,77 μg/mL quando comparado com o padrão. O extrato MeOH do fungo 4 apresentou 6,89 de parasitemias sendo significativo. Ao testar as substâncias isoladas frente as bactérias, observou-se a CIM de 73,58% em X e 71,75% em XI frente a bactéria K. pneumoniae.