Amazônia dos sabores: a Amazônia e o campo da gastronomia
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6596 |
Resumo: | Este trabalho de caráter interdisciplinar se propôs a compreender como a ideia de “Amazônia dos Sabores” é construída e apropriada pelo Campo gastronômico com o intuito de angariar o capital simbólico do referido Campo. Assim, visando alcançar esse objetivo buscou-se: a) identificar os processos históricos/contexto histórico que desencadearam a construção da Amazônia ao longo dos séculos, partindo da Amazônia dos viajantes e chegando a Amazônia dos Sabores; b) mapear, no Campo gastronômico, os agentes que fazem uso do discurso da Amazônia dos Sabores, bem como os agentes e as instâncias capazes de legitimar esse discurso e consagrar esses agentes da altagastronomia c) entender a partir do discurso em confronto com as práticas, como os referidos agentes são consagrados e legitimados, identificando os ganhos e perdas nesse processo, buscando antever seus possíveis desdobramentos. Em nosso percurso metodológico, foi inicialmente realizada uma revisão histórica sobre a ideia de Amazônia enquanto uma “invenção”. Para a análise do campo gastronômico, seus agentes e sua relação com a Amazônia dos Sabores, utilizamos as noções de Campo, produção simbólica, habitus e capital simbólico, conceitos que foram usados para a guiar a discussão e análise do discurso de três chefs a saber; Alex Atala, Felipe Schaedler e Thiago Castanho. As falas dos referidos chefs foram extraídas de entrevistas publicadas na imprensa nacional e internacional, palestras em conferências do Campo, bem como o material de publicidade e propaganda veiculados nas redes sociais dos restaurantes capitaneados por estes chefs. Pôde-se notar que os lucros simbólicos obtidos por esses agentes tendem a ser maiores quão mais exótica a Amazônia dos Sabores se apresentar em sua fala. Uma vez que a ideia da Amazônia enquanto lugar do primitivo e do selvagem, permanece no imaginário dos agentes e das instancias de legitimação, posicionadas no plano global e que têm o poder de consagrar. |