Formulação e caracterização de biofilmes ativos à base de pectinas extraídas de frutos amazônicos
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9811 |
Resumo: | O desenvolvimento de embalagens biodegradáveis para a indústria alimentícia, utilizando recursos naturais com propriedades mecânicas e de barreira que se assemelham às embalagens convencionais, é um desafio premente. A pectina é um polímero natural com grande potencial de formação de matriz em filmes dessa natureza. Assim, o objetivo deste trabalho foi extrair pectinas de frutos amazônicos para a produção de filmes e coberturas biodegradáveis. Para isso, os frutos amazônicos foram selecionados com base na disponibilidade e sazonalidade (biribá, maracujá suspiro e araçá-boi) e analisados quanto às suas propriedades físico-químicas, nutricionais, compostos fenólicos, flavonoides e capacidade antioxidante. As cascas do biribá e maracujá suspiro e o fruto do araçá foram submetidos à extração de pectinas e o que obteve o maior rendimento, seguiu para a confecção de filmes pelo método de casting. Os filmes formados foram analisados quanto ao pH, umidade, solubilidade, higroscopicidade, propriedades morfológicas e mecânicas. Os filmes também foram avaliados quanto à presença de compostos fenólicos, flavonoides, capacidade antioxidante e antimicrobiana e por fim, submetidos ao teste de aplicabilidade em frutos minimamente processados sendo, posteriormente, avaliados quanto aos parâmetros sensoriais. Dentre os frutos testados, o maracujá suspiro apresentou maior teor de pectato de cálcio (2,78%). Nas análises de compostos bioativos e capacidade antioxidante, a casca do biribá se destacou em comparação aos frutos analisados. O biribá apresentou o maior rendimento de extração de pectina em relação à massa seca (7,85%) e seguiu para a formulação de filmes biodegradáveis. O filme formulado à base de pectina natural extraída do biribá, mostrou-se, visualmente, sem fraturas, superfície lisa, ausência de bolhas, aspecto opaco e distribuição levemente heterogênea. Em relação às características físico-químicas, o filme à base de pectina natural do biribá apresentou caráter ácido (pH 2,64) e alta solubilidade (90,58%), características favoráveis para filmes ou revestimentos destinados ao consumo. O filme à base de pectina natural apresentou esterificação de 56,31%, classificando a pectina como de alto grau de esterificação. Para os ensaios de tração, o filme à base de pectina natural do biribá apresentou ser mais resistente e flexível. Em contrapartida, o filme controle à base de pectina comercial apresentou módulo elástico superior ao filme formulado. O filme à base de pectina natural do biribá exibiu altos teores de compostos fenólicos totais (2361,78 mg EAG/100 g) e flavonoides (122,95 mg EQ/100 g), já no filme controle não foram detectados esses compostos. O teste de atividade antimicrobiana revelou uma inibição de aproximadamente 50% contra Rhodotorula mucilagenosa; Saccharomyces cerevisae; Fusarium oxysporum e Aspergillus niger. No teste de aplicação da solução filmogênica, a cobertura à base de pectina natural do biribá apresentou efeito significativo como tratamento para o melão minimamente processado, reduzindo alterações nas propriedades fisiológicas, físico-químicas e sensoriais e, consequentemente, estendeu a vida de prateleira do melão minimamente processado, divergindo dos resultados obtidos na aplicação no kiwi minimamente processado. A análise sensorial demonstrou que o uso da cobertura à base de pectina do biribá no melão minimamente processado não interferiu na aceitabilidade por parte dos provadores. Portanto, a solução filmogênica à base de pectina extraída da casca do biribá apresentou características promissoras na aplicação como filmes ou coberturas comestíveis em alimentos minimamente processados. |