A criança na fronteira amazônica: o viver no fio da navalha e o imaginário da infância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Mota, Marinete Lourenço
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3315876676578033
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5412
Resumo: Este estudo assume o propósito de averiguar a forma pela qual ocorre o processo de construção do pensamento sobre a infância/criança na fronteira amazônica, dando primazia à expressão da criança sobre seu mundo infantil, seu modo de ser e estar no mundo dentro do espaço fronteiriço entre Tabatinga/Brasil e Letícia/Colômbia. Busca-se compreender a criança como um sujeito de ação e as infâncias como um fenômeno socialmente construído, dando ênfase às diferenças que se estabelecem conforme o contexto sócio-histórico, político, econômico e cultural. As discussões metodológica e teórica travadas na Sociologia da Infância em diálogo com o campo da interdisciplinaridade, sugerida por Edgar Morin, chamam a atenção para o fato de que a criança do Trapézio Amazônico é um constructo social que ecoa de dentro da fronteira influenciada pelos processos socioculturais de forma hibridizada, marcada por valores singularizantes. O locus da pesquisa de campo concentrou-se na comunidade Santa Rosa, pertencente à Tabatinga no Amazonas, localizada em linha de fronteira seca com Letícia. Dentre os múltiplos aspectos constatados, os resultados revelam que a criança e as infâncias na fronteira amazônica assumem aspectos diferenciados e revelam uma Amazônia-Criança pela percepção da própria criança. Fala-se de infâncias no plural, pela diversidade sociocultural que caracteriza a realidade investigada marcada pelo envolvimento das crianças como corpos de trabalho neste contexto de região fronteiriça em virtude da condição de pobreza à qual são submetidas, assomadas às transgressões que elas “lançam mão” para viver suas infâncias. Deve-se reconhecer, por final, que as crianças da fronteira amazônica são sujeitos de ação, pelo devir-criança no tempo presente vão desenhando suas infâncias e participam ativamente em seus grupos sociais transformando os espaços sociais de exclusão, ócio e caos em espaços reais para viver suas infâncias pelo brincar, em sua condição de criança, de prazer e diversão criando suas próprias formas de inserção e participação social.