Geografia econômica de Itacoatiara: da inserção no processo de globalização às mudanças na vida urbana a partir do consumo de motocicletas
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6731 |
Resumo: | A implantação da Zona Franca de Manaus em 1967 visando atender a globalização do capital internacional, ancorada em incentivos fiscais, atrai empresas do setor de duas rodas. A partir da década de 1990, com a abertura econômica do governo para instalação de indústrias multinacionais com vantagens econômico-fiscais, incentivo à motorização com o crédito direto ao consumidor e a ausência de políticas públicas de transporte coletivo, a indústria de motocicletas se consolida no PIM. Com o intuito de investigar a vida cotidiana da cidade de Itacoatiara a partir do consumo dessa mercadoria e avaliar quais as influências na vida urbana, foram realizadas pesquisas em órgãos governamentais, portais das empresas fabricantes de motocicletas para saber quanto à produção, às vendas e à cadeia de fornecedores a montante e em trabalhos já publicados na área de estudo. Para dados primários foram realizadas pesquisas de campo com aplicação de formulários e observação direta na concessionária Honda, revendas autorizadas, lojas de peças, prestadores de serviços ligados à cadeia de suprimentos à jusante, assim como os condutores de motocicletas, passageiros e pedestres. A hipótese levantada é de que o consumo globalizado da motocicleta induz alterações de ordem econômica e social na cidade de Itacoatiara. A questão norteadora dessa pesquisa é saber como esse consumo interfere no cotidiano. Os resultados obtidos apontam que ocorreu um aumento na frota de motocicletas que, no ano de 2005, era de 5.286 motocicletas, findou o ano de 2016 em 17.149 motocicletas. O número de Carteiras Nacionais de Habilitação em todas as categorias no município no mesmo ano é de apenas 9.109 (nove mil e cento e nove) habilitados, atingindo um percentual de 53,12% de habilitados em relação a frota de motocicleta. O número de acidentes de trânsito em 2005 foi de 383 e em 2016 fechou com 2.202 acidentes de trânsito por motocicleta. Os resultados apontam uma alteração na vida urbana e a necessidade de planejamento urbano, política municipal de educação no trânsito, consolidação de dados entre os órgãos governamentais para melhoria das informações e atuação mais efetiva do órgão municipal de trânsito quanto à fiscalização. |