Uma etnografia das práticas sanitárias no Distrito Sanitário especial indígena do Rio Negro - Noroeste do Amazonas
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras BR UFAM Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2280 |
Resumo: | O estudo se caracteriza como uma etnografia das práticas sanitárias desenvolvidas no DSEI Rio Negro, com ênfase na organização do trabalho dos profissionais de enfermagem, aí compreendidos o enfermeiro, o técnico de enfermagem e o agente indígena de saúde. Os objetivos compreendem a análise das práticas sanitárias do corpo de enfermagem da Equipe Multidisciplinar de Saúde na oferta de atenção diferenciada à saúde e em interação com o agente indígena de saúde; do perfil-sócio-demográfico e o processo de formação dos Agentes Indígenas de Saúde (AIS) Baniwa; das representações sociais e práticas sanitárias dos AIS, buscando apreender sua compatibilidade e/ou incompatibilidade com a política de atenção diferenciada do subsistema de saúde indígena. A pesquisa é um estudo exploratório, descritivo, do tipo qualitativo, orientado pelo modelo interpretativo da teoria das representações sociais e da pesquisa avaliativa em saúde. Os resultados obtidos mostram que os AIS Baniwa enfrentam problemas ligados à baixa escolaridade, e que seu processo de formação profissional pouco avançou após 6 anos de implantação do DSEI. O perfil de atuação da EMSI é marcado pelo modelo assistencial curativo à demanda espontânea, ainda que os profissionais efetuem assistência a agravos de tipo infeccioso, crônico-degenerativo e de grupos populacionais específicos (grupo materno-infantil), com prejuízo dos componentes de vigilância a saúde previstos na organização dos programas nacionais de saúde. Dentre o conjunto de atividades essenciais desenvolvidas no DSEI, a logística de deslocamento consome grande parte do tempo e energia da EMSI, com implicações negativas na supervisão e acompanhamento dos agentes de saúde e na implementação do princípio da atenção diferenciada previsto na Política Nacional de Saúde Indígena. As áreas são ainda bastante fragmentadas e a atenção diferenciada se confunde com a extensão de cobertura provida pela implantação do DSEI. |